Durante o processo, os agricultores/as recebem orientação sobre produção e outros cuidados para melhorar a qualidade dos alimentos aquiridos pelo programa

Um grupo de 19 famílias, cadastradas no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do município Santa Cruz da Baixa Verde, localizado no Sertão do Pajeú, está participando de um processo diferenciado de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) do IPA. O trabalho consiste em repassar orientações sobre a qualidade dos produtos a serem adquiridos pelo programa e agendamento de visitas as propriedades.

A cidade de Santa Cruz da Baixa Verde, que é ligada à Gerência Regional do IPA de Serra Talhada, foi escolhida para iniciar essa experiência, que tem à frente o extensionista Gerlúcio Moura Bezerra de Sousa, com acompanhamento do supervisor regional de Extensão Rural Tito Antônio Ferraz Jota.

Na referida ação, de forma programada, durante o processo produtivo das famílias, são cumpridas as seguintes etapas:  cadastramento, orientações técnicas, com utilização de metodologias participativas, e avaliação. Após a inclusão das famílias no processo, foi realizada uma reunião com o grupo, para apresentação das normas do programa.

De acordo com Tito Antônio Ferraz Jota, as visitas já foram realizadas, possibilitando a identificação das atividades produtivas desenvolvidas e a verificação da questão temporal quanto à oferta de cada produto nos próximos meses.

Foi visto, ainda, o início do processo de orientação técnica, com a identificação das práticas agropecuárias já utilizadas e recomendações sobre os cuidados necessários nos processos de colheita, embalagem e transporte da produção a qual se destinará a escolas, creches, abrigos de idosos e cozinha comunitárias da rede sócio assistencial do município.

“O diferencial desse deste processo é trabalhar com as famílias toda a cadeia produtiva, ou seja, da produção a comercialização e implantar um processo de avaliação capaz de identificar as melhorias que o mesmo possa gerar na vida social e produtiva e assim, mudar também nosso olhar e forma de atuação junto as demais famílias as quais atendemos”, explicou Tito.

Segundo ele, a próxima fase será a aplicação do instrumento Diagnóstico Socioeconômico e Ambiental que possibilitará a identificação das práticas de produção utilizadas atualmente, organização social, as condições de moradia, móveis, máquinas, equipamentos, utensílios domésticos, saneamento, destinos dos resíduos sólidos entre outros, permitindo direcionar e priorizar o foco da assistência técnica aos aspectos identificados.

“A ação está programada para ser realizada durante dois anos com as referidas famílias, sendo aplicado o mesmo instrumento de diagnóstico no término desse prazo, de forma a identificar o que e em que setor as famílias evoluíram e assim, guiar nosso trabalho de ATER, melhorando a eficiência do mesmo não apenas nos processos produtivos, mas, também nas questões socioambientais”, explicou o supervisor.