O Engenheiro de Pesca, Gilvan Lira, foi convidado pelos técnicos da SEMAS-BA, para estar avaliando o potencial de implantação e operação de Unidades de Produção Aquícola (Piscicultura / Carcinicultura), utilizando rejeito dos dessalinizadores do PAD-Bahia, que fornecem água doce para as famílias das comunidades de Fortaleza (Conceição do Coité), Mandassaia II (Riachão do Jacuípe) e Italegre (Baixa Grande).

As visitas de campo foram realizadas entre os dias 04 e 05/12/24, sendo apresentado para as lideranças e operadores dos dessalinizadores das comunidades, o grande potencial, perspectivas e desafios da Aquicultura Salina nessa Região do Semiárido.

No último dia da semana, sexta-feira, dia 06/12/24, o extensionista rural do IPA, participou, como convidado, do ciclo de palestras do I Workshop de Piscicultura do Piemonte da Diamantina e falando sobre seus trabalhos no Programa Água Doce, que proporcionaram a criação do “Projeto Mar do Sertão”.

Esse trabalho, iniciado em 2012, junto aos Agricultores Familiares da Agrovila VIII, no município de Ibimirim, Sertão de Pernambuco, foi pioneiro no Brasil e já recebeu várias honrarias: – Prêmio da Internacional Desalination Association – IDA, 2017 (colaborador); – 1º lugar na 1ª edição do “Prêmio Inovação Aquícola 2019” na AquiShow Brasil, com o trabalho intitulado “INTRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA CRIAÇÃO DO CAMARÃO MARINHO, LITOPENAEUS VANNAMEI, REALIZADA POR AGRICULTORES FAMILIARES DO SEMIÁRIDO PERNAMBUCANO”; – Homenagem Associação de Engenheiros de Pesca de Pernambuco – AEP, na modalidade: Talento do Ano 2019; – Palestras em São Paulo (UNESP) e Santa Catarina (UFSC), em 2019; – Capa da Revista Aquaculture Brasil. Edição 18, Maio/Junho 2019; – 2º lugar, na 2ª edição do “Prêmio Inovação Aquícola da AquiShow Brasil 2022” com o trabalho intitulado “ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS PARA VIABILIZAR A CARCINOCULTURA FAMILIAR EM PERNAMBUCO” e convite para palestrar na International Conference on Aquaculture and Fisheries, September 09-10, 2024, Barcelona, Spain.

De acordo com o Engenheiro de Pesca, Gilvan Lira, o Camarão Marinho apresenta um enorme potencial para o desenvolvimento do Semiárido Brasileiro, aproveitando recursos naturais subutilizados pelas demais culturas praticadas, até os dias de hoje, como áreas em processo de desertificação e lençol freático de água salobra, além de ser a cultura, que se pode produzir com os menores índices de uso de água e matéria seca por quilo de carne.