A expectativa é que mais 60 documentos sejam emitidos durante a ação
O mutirão do IPA para emissão do Cadastro do Agricultor Familiar (CAF) foi realizado, nesta quinta-feira (23), no município do Cabo de Santo Agostinho. Na ação, 20 agricultores/as foram contemplados com o documento. Os supervisores da gerência regional de Palmares, Artur Carneiro e Luciano Felipe e o técnico do escritório local do IPA, Célio Queiroz, continuarão com o trabalho para concluir o cadastro dos agricultores da região.
O CAF irá substituir a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e é a principal ferramenta para o acesso às ações, programas e políticas públicas dos governos estadual e federal voltadas para geração de renda e fortalecimento da agricultura familiar.
O mutirão do CAF já passou por Caruaru, Cumaru, Riacho das Almas, Igarassu e Recife (na Colônia de Pescadores Z1, localizada no bairro do Pina, no Recife. Nos próximos dias estão programadas ações nos municípios de Rio Formoso e Quipapá, na terça-feira (28), e Barreiros, na quarta-feira (29). Nesta quinta-feira, além do Cabo, o mutirão também aconteceu em Palmares, Canhotinho e Panelas.
A comitiva esteve, nesta quarta-feira, em Afogados da Ingazeira e Tuparetama
Em mais uma maratona pelo interior de Pernambuco, a direção do IPA segue no trabalho de restruturação da empresa, ouvindo as demandas direcionadas ao instituto, entre elas distribuição de sementes, implementos agrícolas e assistência técnica. A reuniões acontecem nos escritórios regionais com a participação dos técnicos da empresa, agricultores da família, representantes das prefeituras, sociedade civil, associações e conselhos municipais.
Nesta quarta-feira (22), o diretor-presidente do IPA, Joaquim Neto, o pesquisador Antônio Félix, acompanhados de técnicos do instituto, estiveram em Afogados da Ingazeira e Tuparetama, no Sertão do Pajeú. Nos dois municípios, a decisão da diretoria do IPA de percorrer as cidades foi vista de maneira positiva porque, além colher as demandas, está promovendo a integração de todos as áreas de atuação do IPA.
Em Afogados da Ingazeira, os participantes da reunião falaram sobre capacitação, crédito rural, novas tecnologias aplicadas no campo e produção de novas culturas, a exemplo do algodão, além da necessidade de melhoria no abastecimento de água. Ainda na cidade, Joaquim Neto concedeu entrevista ao radialista Aldo Vidal, do Programa Manhã Total, junto com gerente de Articulação Regional do Governo do Estado, Mário Viana Filho.
Na reunião, em Tuparetama, os participantes destacaram a ausência do IPA na região e se mostraram esperançosos com a perspectiva que, com atual gestão, o homem e a mulher do campo possam ter um novo alento. “Nossa esperança é que o IPA volte a ser o que era antes, quando dava ao produtor rural a assistência técnica que ele precisava”, disse José Eudes, secretário de Agricultura de Tuparetama.
“O campo está se esvaziando. O solo é seco, mas temos que aprender conviver com a seca. Estamos trabalhando para dar condições do agricultor/a enfrentar essas adversidades climáticas”, disse Joaquim, que recebeu e assinou toda a documentação relativas as reivindicações apresentadas pelos agricultores e representantes de associações.
“Participamos de uma reunião muito importante com a diretoria do IPA. Voltamos com o coração mais aberto, mais esperançoso de que, com esse rumo, vamos ter uma guinada na vida do agricultor. E, nós, vamos ter mais motivação, tanto no trabalho como no campo pessoal”, comentou Aleide Vasconcelos, extensionista de Tabira.
Em Tuparetama, a direção do IPA se reuniu, no Escritório Municipal, com os funcionários do IPA da região. O prefeito de Tuparetama, Domingos Sávio, e a prefeita de Tabira, Nicinha Melo, acompanharam a reunião.
A equipe irá apresentar seis trabalhos voltados para temáticas da agroecologia
Cinco extensionistas do IPA estão no Rio de Janeiro com a missão de representar o instituto no 12° Congresso Brasileiro de Agroecologia, que tem como lema “Agroecologia na Boca do Povo”. O evento começou na segunda-feira (20) e segue até a próxima quinta-feira (23). No encontro, a equipe do IPA irá apresentar seis trabalhos, todos voltados para as várias temáticas da agroecologia.
Os trabalhos dos extensionistas estão distribuídos nos seguintes eixos temáticos: Manejos de Agroecossistemas; Construção do Conhecimento; Políticas Públicas e Agroecologia; Educação e Agroecologia e Biodiversidade e Conhecimentos dos/as agricultores/as, povos e comunidades tradicionais.
Participam do congresso representantes de comunidades indígenas e outros povos tradicionais, trabalhadores, estudantes, pesquisadores, militantes, gestores e representantes da sociedade civil. De acordo com os organizadores, o objetivo do encontro é estabelecer um diálogo sobre a relevância da agroecologia para promoção da saúde, enfrentamento da fome e como reposta aos desafios das mudanças climáticas.
“A troca de conhecimentos e intercâmbio com outras empresas de extensão rural fortalecem as ações do instituto cujo objetivo é trilhar os caminhos do desenvolvimento sustentável com projeto voltados para agroecologia. Esse é o caminho do futuro”, destacou o diretor-presidente do IPA, Joaquim Neto, ao comentar sobre a participação dos extensionistas no evento.
O congresso conta com mais de 3.600 inscritos. Estão programadas diferentes atividades, entre elas a Feira Nacional de Saberes e Sabores da Agroecologia e Economia Solidária, que conta com a participação de cerca de 300 agricultoras/es, povos indígenas, quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais.
Abaixo os trabalhos elaborados pelos extensionistas
Processo de implantação de um sistema agroflorestal, em espaço institucional na área urbana de Recife – PE
Autores: Ana Paula, Francisco Dantas, Luciano Pereira
Agricultura encantada tradicional do Povo Pankararu: “Experiências de Ater na Aldeia Taboa no Sítio Brejinho da Serra em Petrolândia – PE”.
Autores: Francisco Filho, Ana Paula, Henagio José, Gildo Santana
Assistência Técnica e Extensão Rural Agroecológica: uma alternativa essencial à agricultura familiar.
Autores: Gildo Ribeiro, Henágio José, Ana Paula, Francisco Filho
Conhecimento agroecológico e saberes-fazeres dos agricultores familiares do brejo de exposição em Brejo da Madre de Deus-PE.
Autores: Henágio Silva, Ana Paula Gildo Ribeiro, Francisco Filho
Os desafios da construção do conhecimento agroecológico em uma empresa pública de extensão rural em Pernambuco: a experiência do GEMA.
Na última sexta(17), o IPA apresentou na Câmara Temática da Agricultura Familiar (CTAF) do Consórcio Nordeste, na II Fenafes, duas experiências bem sucedidas da nossa extensão rural junto as(aos) agricultoras(es) no semiárido, através do Projeto Don Helder.
O extensionistas Fabrício Francisco Leite e Marcelo Gouveia, junto as agricultoras pernambucanas beneficiadas, apresentaram trabalhos com caprinos de leite em Custódia e Lajedo aos representantes de todos os estados do Nordeste e Governo Federal.
Essa iniciativa se soma ao debate do “Projeto Sertão Vivo – Semeando Resiliência Climática” em Comunidades Rurais do Nordeste, iniciativa que conta com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). A ação é destinada a apoiar propostas de todos os estados da região que desenvolvam atividades para aumentar a resiliência climática da população rural do Semiárido.
O investimento previsto, de aproximadamente R$ 1,8 bilhão, beneficiará 430 mil famílias no Nordeste. Pernambuco receberá R$ 300 milhões, para beneficiar 75 mil famílias.
” Estou muito contente de estar aqui representando os agricultores de Lajedo. Nem sei o que dizer, passei por muitas dificuldades e fui apoiada por esse projeto que deu certo. Eu me sinto elogiada por estar aqui!”, disse emocionada a agricultora Maria Joelma de Lajedo.
” Apresentamos aqui um projeto que atendeu 3.260 famílias em Pernambuco durante três anos seguidos. Para nós extensionistas, é um privilégio estar aqui apresentando um projeto que representou o crescimento de uma família, e que o IPA teve uma parcela de contribuição para isso” , disse Fabrício Leite, extensionista de Lajedo.
A Feira que terminou no último domingo (19) contou com a participação de agricultores familiares de várias regiões de Pernambuco, que apresentaram seus produtos em um estande organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Pecuária e Pesca do nosso Estado.
Diretores de pesquisa e extensão da Agerp trocam experiência com equipe pernambucana e visitam estações experimentais do instituto
Representantes da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão (Agerp) estão visitando e conhecendo o trabalho realizado pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). Nesta segunda-feira (20), o grupo foi recebido pelo diretor-presidente da empresa, Joaquim Neto, e, em seguida, participaram de uma reunião com o pesquisador Antônio Félix.
Da agenda consta, ainda, um encontro com o diretor de Extensão Rural, Francisco Dantas, e visitas para conhecer de perto as atividades realizadas pelo IPA no estado incluindo as estações experimentais. De acordo com José Rogério Salles, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento Rural da Agerp, o objetivo da visita é de trocar experiências e buscar novas informações sobre o trabalho realizado pelo instituto.
“Nosso objetivo é buscar informações que venham favorecer nossas atividades na agricultura. É um intercâmbio para conhecer o trabalho desenvolvimento do IPA em relação à sua parte estrutural, de pesquisa e de ATER”, destacou José Rogério Salles. Ele disse, ainda, que a visita ao instituto é resultado de uma articulação entre Joaquim Neto e o presidente da Agerp, Sandro Montenegro, durante uma reunião da Asbraer.
Ao falar entre as semelhanças entre Pernambuco e Maranhão e quais experiências do IPA podem ser aplicadas nas atividades daquele estado, José Rogério afirmou o Maranhão é um estado abrangente, mas que tem biomas parecidos com os de Pernambuco.
“E essas informações, principalmente nas áreas de cebola e feijão, onde o IPA tem desenvolvida várias ações de pesquisas e toda parte de extensão, não é diferente. O público é o mesmo. São agricultores familiares e pequenos agricultores. Então, essas informações que estamos buscando vai fortalecer nosso trabalho junto ao agricultor familiar”, ressaltou o pesquisador.
Na reunião, foram tratados de programas comuns entre as duas instituições, a exemplo do Sertão Vivo, Pages/Fida; políticas voltadas para o Semiárido e fruticultura. Os pesquisadores do Maranhão já trabalharam experimentos com a semente da cebola desenvolvida pela IPA. O diretor de pesquisa do instituto, Henrique Castelletti, explicou a trajetória da empresa e sua organização na área da pesquisa e do trabalho voltado para o lançamento de novas variedades IPA, entre elas, tomate, milho, feijão, sorgo e palma forrageira.
Além de José Rogério Salles, também estão na equipe da Agerp o coordenador de Pesquisa, Ronald Alvarez e Josenildo Cardoso de Araújo, assessor técnico/ATER. Do IPA, os pesquisadores Henrique Castelletti, Antônio Félix, o diretor de Extensão Rural, Francisco Dantas, o gerente de Extensão Rural, Maviael Fonseca e a professora da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Valéria Apolinário.
A ação está sendo realizada nesta quinta-feira (16) por uma equipe de extensionistas do instituto
Extensionistas do IPA estão autuando em mais um mutirão para Emissão do CAF (Cadastro do Agricultor Familiar). Nesta quinta-feira (16), a ação está sendo realizada Colônia de Pescadores Z1, no Pina, na cidade do Recife. O IPA vem promovendo mutirões nos municípios pernambucanos com o intuito de atualizar o CAF dos agricultores, documento essencial para inclusão deles em programas sociais dos governos estadual e federal direcionados à agricultara familiar.
No Pina, as atividades estão sendo conduzidas pelo gerente do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (DEAT) do IPA, Maviael Fonseca, e os supervisores do DEAT, Flávia Guimarães e João Paulo Viana, e mais uma equipe de extensionistas.
O diretor-presidente o IPA, Joaquim Neto, tem prestigiado os mutirões, destacando sempre a importância de regularizar um documento tão necessário na vida agricultores/as familiares do nosso estado. “É com o CAF que eles vão conseguir ter acesso a benefícios sociais como a aposentadoria rural, o auxílio natalidade, vendas para PNAE e para o PAA, entre tantas outras ações”, destacou o gestor.
Além de prestigiar o evento, Joaquim Neto conheceu as instalações da colônia e conservou com representantes dos pescadores, mostrando que a missão do IPA é de trabalhar para melhorar a qualidade de vida e as condições de trabalho das famílias agricultoras pernambucanas.
A abertura das atividades contou com a participação do diretor-presidente do IPA, Joaquim Neto e representantes das instituições parceiras: secretaria da Agricultura Familiar, Iterpe, Prefeitura de Caruaru
Agricultores familiares do município de Caruaru atenderam a convocação do IPA para o mutirão de Emissão do Cadastro do Agricultor Familiar (CAF), promovido, nesta terça-feira (14), pela Gerência Regional do IPA/Caruaru. A atividade começou às 8h e só termina às 16h. Os trabalhadores do campo começaram a chegar logo cedo e foram recepcionados pelo diretor-presidente do IPA, Joaquim Neto, o diretor de Extensão Rural, Francisco Dantas, o secretário adjunto da Agricultura Familiar, Bruno França, o presidente do Iterpe, Henrique Queiroz, e o secretário executivo do Desenvolvimento Rural de Caruaru, Wesley Nascimento.
A presença dos agricultores no mutirão é resultado do trabalho de mobilização realizado pelos extensionistas do IPA, que se empenharam na busca por cada um deles em assentamentos e sítios do município. “O processo de mobilização dos agricultores foi muito simples e tranquilo. Sempre falei para eles da importância de ter informações sobre os programas que atendem a agricultura familiar. E o IPA está aqui para ajudar o agricultor familiar”, destacou a extensionista Dilza Albuquerque.
O retorno do trabalho está traduzido nas palavras da agricultora Maria do Amparo. “O CAF oferece muitas coisas para nós. Foi muito importante para todos a mobilização feita pelo IPA”, ressaltou. “O CAF é um documento que uso para ter acesso aos programas do governo e também para retirar dinheiro no Banco do Nordeste, que uso para investir na agricultura familiar na minha própria terra e Dilze, que é a nossa extensionista, presta toda assistência que preciso”, disse Maria do Amparo, que reside no Sítio Xicuru, em Caruaru.
Ao falar para os agricultores e convidados, Joaquim Neto destacou que a meta de cada um que trabalha com o homem e a mulher do campo é transformar o pequeno agricultor em um grande empresário. “Tem que parar com essa história de dizer que o pequeno tem que ser pequeno a vida toda. O pequeno tem que crescer. Depende de cada um de vocês. Nós e toda equipe da governadora Raquel Lyra estamos prontos para fazer isso. E não é só em Caruaru. É em todo o estado de Pernambuco”, assegurou o diretor-presidente do IPA.
Ele destacou, ainda, que a partir de agora é olhar para frente e esquecer o passado. “Vamos atuar com essa empresa, junto com cada trabalhador, nos quatro cantos do estado de Pernambuco. Vamos dar visibilidade aquele que sempre foi invisível, principalmente nos últimos oito anos”, frisou.
O secretário-executivo do Desenvolvimento Rural de Caruaru, Wesley Nascimento, ressaltou a parceria com o IPA. “Estamos vivendo um momento muito rico. O IPA, que agora descentraliza suas ações, está vindo aos municípios para poder atender os produtores e produtoras rurais. Na verdade, o IPA renasce. O instituto não tinha nenhuma atuação local e agora nós vemos, com essa gestão, que a assistência e técnica e assistência rural vão chegar ao nosso município para atender o agricultor/a com pesquisa e assistência técnica rural”, observou o gestor.
A expectativa do secretário é de que das 200 famílias cadastradas previamente, 30% consigam a emissão do CAF. “Esse já será um resultado muito exitoso para nós”, afirmou. Estão participando do mutirão agricultores dos assentamentos Dom Hélder, em Bezerros, e das localidades de Pau Santo, Carneirinhos e Xicuru, em Caruaru.
O secretário adjunto da Agricultura Familiar, Bruno França, assegurou aos agricultores/as que eles irão receber todos os projetos relacionados à agricultura familiar em Pernambuco. “O IPA, o Iterpe, o Prorural, a Ceasa, estamos todos juntos trabalhando. E no próximo ano muita coisa boa vai chegar para o nosso estado”, disse o secretário.
Cumaru
A cidade de Cumaru também recebeu, nesta terça-feira (14), o Mutirão do IPA para Emissão do CAF. Ao lado do diretor-presidente do IPA, Joaquim Neto, a prefeita do município, Mariana Medeiros, destacou a importância da ação realizada pelo IPA. “Gratidão é a palavra que resume tudo que está sendo feito, não por mim, não por Cumaru, mas por todos os agricultores e agricultoras. O mutirão do IPA chegou aqui no nosso Cumaru, levando para o agricultor e agricultora respeito, equidade, dignidade, empatia”, disse gestora, ressaltando, que há muitos anos havia uma ação desse porte na cidade.
Mariana Medeiros observou, ainda, que o município iniciou, no ano passado, o Seguro Safra e por isso o agricultor precisa do CAF. “Quem não tem esse conhecimento do processo está tendo agora acesso a um documento que é seu por direito. E nós estamos fazendo o dever, de levar tudo isso aos que precisam. Não de migalhas, mas de respeito”, afirmou a prefeita.
Joaquim Neto, ao falar sobre o mutirão em Cumaru, lembrou que o trabalho é resultado de uma parceria entre os governos federal, estadual e da prefeita Mariana Medeiros. “E quem ganha é o agricultor familiar. Falar de CAF é falar do novo CPF do agricultor familiar e da agricultura. É um documento necessário para o Garantia Safra, projetos financeiros, aposentadoria rural, entre outros programas”, frisou Joaquim Neto.
Em Cumaru, os agricultores também foram beneficiados com a emissão da carteira de identidade, informações sobre o Cadastro Nacional de Informações Sociais (Cnis), entre outros documentos necessários para emissão do CAF. Representantes do Banco do Nordeste também participaram da ação.
Alunos dos 6º e 8º períodos do curso de bacharelado em Agroecologia, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) participaram, nesta sexta-feira (10), de uma roda de diálogo, na sede do IPA. Na pauta, a apresentação e reflexão do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), executado pelo IPA, com recursos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
A roda de diálogo contou com a participação do extensionista e supervisor do PAA, no IPA, Isaque Albuquerque e de Silvana Trindade Low, nutricionista do IPA. Os estudantes também tiveram a oportunidade de conhecer o artigo intitulado: “Extensão Rural, Políticas Públicas e Segurança Alimentar: um estudo da percepção dos beneficiários do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), no Estado de Pernambuco”.
O estudo está publicado no livro “Desenvolvimento Rural Sustentável e Agropecuário de Pernambuco, no capitulo 8, que é encontrado no site do IPA. O trabalho foi apresentado aos estudantes pelas extensionistas e integrantes do Grupo de Estudo, Sistematização e Metodologia em Agroecologia (GEMA) do IPA, Milze Luz e Cátia Lira.
De acordo Milze Luz, o PAA é um importante programa para a agricultura familiar, “através do acesso ao mercado, promovendo inclusão social e ampliando a renda das famílias”, destacou Milze.
Para Cátia Lira, o PAA traz satisfação dos/as extensionistas “que o executam, que observam melhoria na alimentação da população em situação de insegurança alimentar e nutricional atendidas pelas instituições de assistência social, que recebem os alimentos do programa”, observou Cátia. Os alunos do curso de Agroecologia foram acompanhados pelo professor Luciano Pires de Andrade, da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco. “Essa visita é um momento importante para que os discentes compreendam como funcionam os mecanismos de acesso ao PAA, os desafios e potencialidades”, destacou o professor ao falar sobre o aprendizado adquirido pelos estudantes na roda de diálogo com os extensionistas do IPA.
O evento continua nesta quinta-feira (9) na sede do instituto, no Recife
No segundo dia do VI Simpósio da Rede de Recursos Genéticos Vegetais do Nordeste (RGVNE), os participantes tiveram oportunidade de conhecer mais sobre sementes crioulas. Uma grande variedade de sementes foi exposta na Feira da Agrobiodiversidade, na qual os agricultores vivenciaram, na prática, a experiência de trocar as espécies cultivadas em seus municípios com agricultores de outras cidades. A feira fez parte da programação do evento nesta quarta-feira (8) e foi organizada pelo extensionista Pedro Balensifer, que faz parte da Rede Semear.
As sementes crioulas são variedades desenvolvidas, adaptadas ou produzidas por agricultores familiares. “São sementes que têm uma adaptabilidade muito grande nos locais onde são cultivadas e têm autonomia para que os agricultores possam guardar essas sementes e plantá-las quando quiser ou quando for necessário”, destacou Balensifer,
Ele destacou, ainda, que a Feira da Agrobiodiversidade abriu um espaço de intercâmbio entre os agricultores. “Eles estão tendo a oportunidade de trocar sementes. Nós temos uma ampla diversidade genética de culturas agrícolas e de variedades, que estão expostas aqui na feira e isso é a grande importância das sementes crioulas”, frisou.
Outro extensionista do IPA, Iran Xukuru, do Povo Xukuru do Ororubá de Pesqueira, que, nesta quarta-feira (8), proferiu a palestra “Conservação de sementes crioulas e manejo da agrobiodiversidade dos povos indígenas de Pernambuco”, também esteve na feira.
“O trabalho com sementes crioulas é fantástico. Então, um evento como esse traz para visibilidade muitas práticas de conhecimentos ancestrais que estão à margem e, que, as vezes são taxadas como ultrapassadas. Algo que não cabe viver na sociedade de hoje. E é muito pelo contrário disso. O IPA, através desse simpósio, da pesquisa e do trabalho da extensão rural mostra que o velho ancestral é atual por que traz dentro das suas práticas e dos povos, que são seus guardiões, alternativas para o aquecimento global e para as mudanças climáticas. São ações de cooperações que promovem vida”, observou Iran.
Nasce uma nova rede de sementes crioulas
A feira também abriu espaço a uma grande roda para debater a proposta de criação de uma rede de sementes Crioulas na Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife. Foi momento rico de debates e troca de experiências, envolvendo inclusive os pesquisadores da academia. Em comum entre os guardiões das sementes, estar mais presente na formulação de políticas em seus territórios. “O coletivo pode transformar e é transformador, seja ele na academia, na periferia, na mata, nas florestas, seja onde for, o coletivo é necessário”, afirmou a agricultora afroecológica Nzinga Cavalcante.
O representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário, João da Mata, elogiou a iniciativa e disse que o MDA vem trabalhando diversas políticas voltadas para as comunidades tradicionais. “A gente está num momento de construção em Brasília. Estamos trabalhando na linha de que a pesquisa não deve ser criada para a comunidade, mas, com a comunidade”, ressaltou.
A roda terminou com uma dança de toré e foram definidos os interlocutores entre os grupos para difundir a proposta entre as comunidades e uma reunião geral para selar a criação da rede.
O simpósio continua nesta quinta-feira (9). Veja a programação abaixo:
Feira de Gastronomia e Artesanato DO CAMPO À MESA (dia inteiro)
08h00 – 10h00
Minicurso 1 – Ferramentas para caracterização molecular de recursos genéticos
Instrutora: Mariele Porto Carneiro Leão (Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA) Numero de vagas: 20 vagas (ATENÇÃO! VAGAS PREENCHIDAS) Minicurso 2 – Análise de Sementes para conservação de germoplasma Instrutores: Vânia Trindade Barretto Canuto e equipe do Laboratório de Análise de Sementes (Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA) Número de vagas: 20 vagas (ATENÇÃO! VAGAS PREENCHIDAS) Minicurso 3 – Aproveitamento de espécies do Semiárido na alimentação Instrutoras: Adriana Vania Borges Rodrigues da Silva e Keliane Oliveira de Lima (Centro Universitário Brasileiro – Unibra) Número de vagas: 45 vagas Minicurso 4 – Seleção de plantas nativas e paisagismo sustentável
Instrutores: Vivian Loges e equipe do Laboratório de Floricultura (Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE) Número de vagas: 40 vagas
Minicurso 5 – Uso de ferramentas de análise estatística para avaliação de germoplasma
Instrutor: Glauber Henrique de Sousa Nunes (Universidade Federal Rural do Semiárido – UFERSA) Número de vagas: 20 vagas (ATENÇÃO! VAGAS PREENCHIDAS)
Minicurso 6 – As plantas na cultura alimentar brasileira
Instrutor: Flávio Bezerra Barros (Universidade Federal do Pará – UFPA) Número de vagas: 40 vagas
Minicurso 7 – Documentação de bancos de germoplasma utilizando a Plataforma Alelo
Instrutores: Renato Sales dos Santos e Guilherme Alarcão dos Santos (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia) Número de vagas: 20 vagas
10h00 – 11h00
Palestra temática 4: Controle de qualidade em bancos genéticos: o Banco de Germoplasma de Abacaxi da Embrapa
Palestrante: Fernanda Vidigal Duarte Souza (Embrapa Mandioca e Fruticultura)
Coordenador: José Severino Lira Júnior (IPA)
11h00 – 12h00
Mesa redonda 5:Políticas públicas voltadas à conservação de recursos genéticos vegetais
Coordenadora: Semíramis Ramalho Rabelo Ramos (Embrapa Alimentos e Territórios)
Palestra 1: A Política Nacional de Recursos Genéticos para a Agropecuária e a Alimentação (PNRGAA) e a criação da Rede Nacional de Recursos Genéticos Palestrante: Luis Gustavo Asp Pacheco (SDI- Ministério da Agricultura e Pecuária – MAPA)
Palestra 2: Agroextrativismo e sociobiodiversidade: políticas propostas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) para fortalecimento dos recursos genéticos nacionais Palestrante: João da Mata Nunes Rocha (Coordenação de Sociobiodiversidade – Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar – MDA)
Palestra 3: Políticas públicas da Conab para a agrobiodiversidade Palestrante: Rafael Silva de Lima (Companhia Nacional de Abastecimento – Conab – Superintendência Regional em Pernambuco)
11h00 – 12h15
Mesa redonda 6:Conservação ex situ e uso de recursos genéticos de importância para a Região Nordeste
Coordenador: Manoel Abílio de Queiróz (Universidade do Estado da Bahia – UNEB)
Palestra 1: Banco Ativo de Germoplasma de Fava da Universidade Federal do Piauí Palestrante: Regina Lúcia Ferreira Gomes (Universidade Federal do Piauí)
Palestra 2: Banco Ativo de Germoplasma de Sisal da Embrapa Algodão Palestrante: Tarcísio Marcos Souza Gondim (Embrapa Algodão)
Palestra 3: O Arroz no Nordeste: resgate, conservação e tradição alimentar Palestrante: José Almeida Pereira (Embrapa Meio-Norte)
Palestra 4: A fava na Paraíba sob a luz da Embrapa Algodão Palestrante: Miguel Barreiro Neto (Embrapa Algodão)
12h15 – 13h30
Intervalo para almoço
13h30 – 14h30
Palestra temática 5: O Sistema de Curadorias de Recursos Genéticos do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA)
Palestrante: Antonio Félix da Costa (IPA)
Coordenadora: Cândida Hermínia Campos de Magalhães Bertini (Universidade Federal do Ceará – UFC)
14h30 – 15h30
SESSÃO ORAL 2
15h30 – 16h30
INTERVALO: Mostra Gastronômica (Degustação de produtos e alimentos da biodiversidade)
A solenidade de assinatura contou com a presença de Jaime Amorim, do MST
Na última terça-feira (7), o diretor-presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Joaquim Neto, formalizou um acordo de cooperação técnica com a Associação de Cooperação Agrícola, Educação e Meio Ambiente de Pernambuco (ACAEMPE/MST), localizada na cidade de Caruaru. A solenidade de assinatura do acordo contou com a presença do diretor do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Jaime Amorim
Essa parceria estratégica promete trazer benefícios significativos para diversas comunidades da região, visto que inclui os seguintes compromissos:
Desenvolvimento de projetos experimentais voltados para diferentes culturas alimentares, visando a diversificação e melhoria da produção agrícola.
Prestação de assistência técnica para agricultores, com o intuito de aprimorar as práticas agrícolas, promover a sustentabilidade e aumentar a produtividade no campo.
Realização de treinamentos para capacitação de agricultores, oferecendo conhecimento e ferramentas para melhorar suas habilidades no manejo de cultivos e na gestão de suas propriedades.
Fornecimento de insumos agrícolas, como sementes, fertilizantes e outros recursos essenciais, para apoiar a produção agrícola das comunidades atendidas.
Atuação conjunta em diversas regiões de assentamentos rurais, ampliando o alcance dessas iniciativas e promovendo o desenvolvimento sustentável das áreas rurais.
Essa parceria representa um passo significativo na promoção do desenvolvimento agrícola e na melhoria das condições de vida das comunidades rurais em Pernambuco, demonstrando a importância da cooperação entre instituições públicas e organizações da sociedade civil para impulsionar o setor agrícola e garantir a segurança alimentar da região.