O Projeto Pernambuco Agroecológico, que receberá investimento de US$62 milhões, sendo US$50 milhões do Banco Mundial e US$12 milhões de contrapartida do Governo do Estado, dá mais um passo importante. Uma missão do banco está no Recife e, durante a segunda-feira (10), alinhou detalhes com integrantes da Unidade Gestora do Projeto, avançando nas tratativas para que ele comece a ser executado. O encontro prossegue na terça-feira (11).

As reuniões, no formato híbrido, contando com participação de técnicos do Banco em outros países – acontecem na sede do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), que será a instituição executora do projeto em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha (Semas).

O economista sênior e gerente de projetos do Banco Mundial, Leonardo Bichara, informa que o Pernambuco Agroecológico vai contemplar famílias de agricultores, em várias regiões de Pernambuco, que trabalham a produção de forma sustentável. “Vamos beneficiar produtores com esse viés agroecológico, de tal forma que isso traga renda para eles, mas que também assegure benefícios para o meio ambiente em todas as área beneficiadas”.

Leonardo adianta, também, que o fato de o projeto ser executado pelo IPA em parceria com a Semas é algo importante e inédito no Brasil. Informa, ainda, que documentos fundamentais estão concluídos, tais como relatórios socioambientais e econômicos. Agora, segundo o economista, é a vez de finalizar essa etapa de preparação do “pacote do projeto ” – com todas as ações elencadas junto aos beneficiários – e passar para a fase seguinte, que é a de negociação jurídica. “Vamos ter um projeto muito bem delineado e, em breve, os beneficiários já poderão ver essas ações chegando”.

A presidente do IPA, Ellen Viégas, diz que essa é a quarta vez que recebe a missão do Banco Mundial para tratar do projeto e destaca a importância de definir as prioridades e necessidades para que os benefício chegue o quanto antes às famílias que serão contempladas, entre elas de agricultores, marisqueiras e pescadores.

Já a diretora de Extensão Rural do IPA, Alcineide Oliveira, fez uma explanação completa de todos os passos do projeto até o momento e apontou o planejamento futuro, alinhado com as exigências do Banco Mundial. Tudo, segundo ela, com o cuidado de realizar esse importante trabalho ouvindo as pessoas e as instituições que têm expertise na agroecologia.

Alcineide também destacou a capilaridade do IPA em Pernambuco como um ponto muito favorável para dar celeridade ao projeto, com suas 12 gerências regionais e outras 12 estações experimentais.

A Secretaria de Meio Ambiente foi representada pela secretária executiva de Sustentabilidade, Karla Godoy, além de outros técnicos. Da Secretaria de Planejamento, marcou presença Lilian Costa Gomes, gerente geral de governança.

A reunião também contou com outros profissionais e especialistas, tanto do Banco Mundial, quanto do IPA e da Secretaria de Meio Ambiente.

Fotos: Cláudio Ramalho