O engenheiro de pesca e extensionista rural do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Gilvan Lira, acompanhou no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Bebedouro, uma despesca pioneira de camarão marinho, realizada em outubro em Petrolina.
A ação da CODEVASF, em parceria com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), faz parte do Projeto de Implantação de uma Unidade de Observação e Demonstração de Cultivo de Camarões Marinho, na Água Doce do Rio São Francisco e/ou Poços de Água Salobra em Petrolina, Cabrobó e Petrolândia.
A estrutura conta com dois tanques berçários de geomembrana com 20 m³, e mais dois viveiros escavados de engorda, revestidos, também, com o mesmo material impermeabilizante, tendo uma área de 1.000 m2 cada, e cobertos com rede antipredador. A temperatura e o oxigênio dissolvido da água do ambiente de cultivo dos berçários são monitorados remotamente, contando com o suporte de um sistema de aeração e gerador de energia elétrica.
O cultivo em água doce, mineralizada e fertilizada artificialmente, possibilitou manter as condições ambientais da espécie e realizar o mínimo de trocas de água, repondo apenas as perdas por evaporação e limpeza do excesso de matéria orgânica. Os resultados alcançados foram excelentes, apresentando uma sobrevivência de 90%, sendo produzido 650 kg de camarão com o peso final variando entre 12 a 18g, correspondendo a uma produtividade de 24 ton/ha/ano.
De acordo com o engenheiro de pesca, Gilvan Lira, é de extrema importância para a ATER Aquícola o acompanhamento simultâneo de projetos como este, pois potencializa os trabalhos, que o IPA vem realizando, desde 2012, de difusão e desenvolvimento dessa tecnologia de cultivo de camarão marinho em água salobra ou doce, em meio aos agricultores familiares do Estado, principalmente na região semiárida.
Fonte: Núcleo de Comunicação