O evento trouxe novas experiências em relação a bancos genéticos do Nordeste e apontou novos caminhos para pesquisa local

Depois de três dias de debates, aprendizado e troca de experiência, o VI Simpósio da Rede de Recursos Genéticos Vegetais do Nordeste (RGVNE) terminou nesta quinta-feira (9) com o encerramento do ciclo de palestras, minicursos e feiras da agrobiodiversidade. O encerramento de todas as atividades, no entanto, será nesta sexta-feira (10) com visitas técnicas às instalações do IPA, sede do evento, à Estação Ecológica de Tapacurá/UFRPE e à Estação Experimental de Itapirema/IPA, em Goiana.

Em um tour pelo IPA, os visitantes irão conhecer o Herbário Dárdaro de Andrade Lima, que tem 90 anos de existência e abriga a mais completa e antiga fonte de informação sobre a flora do Nordeste brasileiro, sendo uma referência mundial para espécies do bioma caatinga. Também faz parte do roteiro uma visita aos laboratórios e a horta orgânica.

Na Estação Ecológica de Tapacurá, os visitantes vão poder observar áreas preservadas remanescentes de Mata Atlântica e Pau-brasil, a produção de mudas florestais e percorrer trilhas. Já na Estação de Itapirema irão conhecer os bancos de germoplasma de espécies frutíferas, raízes e tubérculos, e, ainda, a produção de mudas de espécies frutíferas nativas e exóticas.

No último dia do simpósio, as palestras e minicursos abordaram temas relativos à análise de sementes para conservação do germoplasma, aproveitamento de espécies do Semiárido na alimentação, as plantas na cultura alimentar brasileira, seleção de plantas nativas e paisagismo sustentável, entre outros.

Ao avaliar os resultados VI Simpósio da Rede de Recursos Genéticos Vegetais do Nordeste (RGVNE), o pesquisador do IPA e presidente do evento, Antônio Félix, destacou a importância do encontro para o aprendizado para a pesquisa e o trabalho realizado pelo IPA.

 “Ouvimos grandes experiências. São ensinamentos, ideias novas, que podemos empregar e, principalmente, melhorar a gama de coleções e banco de germoplasma que temos aqui, seja da área vegetal, que é o objetivo básico do simpósio, mas tivemos a oportunidade de aprimorar os conhecimentos que vão melhorar muito as nossas atividades de animal e micro-organismos, que formam os recursos genéticos e vegetais”, ressaltou Antônio Félix.

Ele destacou, ainda, as atividades paralelas do evento: A Feira da Agrobiodiversidade, que reuniu produtores rurais para trocar sementes crioulas de várias espécies; uma Feira Gastronômica, também com a participação de agricultores que trouxe produtos diversos e a Mostra Gastronômica, na qual os participantes do simpósio tiveram a oportunidade de degustar sabores em receitas produzidas a partir de cultivares e sementes produzidas pela IPA.

Nesta quinta-feira, no encerramento do simpósio, as iguarias foram preparadas por alunos do Curso de Gastronomia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Os visitantes provaram um bolo de limão com recheio de palma cristalizada, casquinho de caju, brigadeiro com banana da terra, sanduíche de creme de milho, entre outros sabores inusitados.

Na solenidade do encerramento, os organizadores fizeram a entrega da premiação dos trabalhos apresentados durante os três dias do simpósio.