Extensionistas e pesquisadores  debatem Boas Práticas Agrícolas, em parceria com Programa Prospera

Pesquisadores e extensionistas rurais do Instituto Agronômico de Pernambuco participaram nessa sexta-feira (13), de um encontro que debateu as boas práticas agrícolas (BPA), em parceria com o Programa Prospera.  O encontro ocorreu no Cetreino em Carpina e contou a participação de gerentes e supervisores de todas as gerências regionais. O evento debateu as boas práticas na aplicação de defensivos e  sustentabilidade e responsabilidade nas aplicações.

O gerente de Assistência Técnica e de Extensão Rural do IPA, Maviael Fonseca ressaltou na abertura do evento, a importância do desenvolvimento e do crescimento da produção de milho em Pernambuco para os agricultores  familiares do estado.

O Prospera é um programa que oferece acesso às melhores tecnologias e práticas para a produção de milho com alta produtividade aos pequenos produtores do Nordeste, contribuindo para a melhoria da condição de vida de famílias e das comunidades rurais locais.

A equipe do Prospera conta com a ajuda de multiplicadores locais que atuam na identificação de produtores rurais que podem se beneficiar da iniciativa, como líderes comunitários, integrantes de cooperativas, universidades entre outros. Os agricultores envolvidos passam a conhecer tecnologias com potencial para elevar a produtividade, sobre sementes de milho, defensivos agrícolas, fertilizantes e máquinas agrícolas, e a receber treinamentos teóricos e práticos das empresas mantenedoras, encontros presenciais, dias de campo e eventos virtuais.

O Programa de Aplicação Responsável realiza ações de extensão para apresentar aos produtores rurais os conceitos de boas práticas na aplicação de defensivos agrícolas, além de conscientizar e incentivar a adoção destas iniciativas, a fim de otimizar recursos, reduzir o impacto no meio ambiente e prover maior sustentabilidade para os setores da agricultura.

Fotos: Adriano Manoel/IPA

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Artigo – O café da manhã sertanejo: único e exótico | Por Geraldo Eugênio

Os mercados persistem e com eles as bancas de comida

Um local sagrado no comércio local é o mercado público. Alguns mais ou menos organizados, mas uma visita obrigatória principalmente para aqueles que ultrapassaram os cinquenta.

O queijo de coalho de Bodocó é algo especial, encontrado todos os dias, mas não ficam atrás dos queijos locais, em particular um queijo de manteiga que vem da região de Batalha, aqui em Serra Talhada. Tão saboroso quanto os melhores queijos do Agreste Meridional ou do Sertão de Alagoas.

As bancas de cereais, destacando-se os vários tipos de arroz vermelho e as farinhas de mandioca, da ultrafina à granulada, da branca à amarela. Um outro item que representa a região é o feijão de corda. Vários tipos expostos nos sacos abertos à espera do freguês. As rapaduras que já não são tão puras, a grande maioria não é fabricada a partir de cana-de-açúcar e tanta coisa mais que se encontra em um mercadinho ou supermercado.

Uma seção à parte é o açougue e a peixaria. Em nenhuma região a rabada e o mocotó são tão valorizados. Os caldos dessas duas iguarias é marca registrada entre as barracas de comida, hoje denominadas praças de alimentação.

 Os principais pratos encontrados às seis da manhã

E logo cedo, o freguês se depara com as barracas abertas e suas donas e assistentes prontas para servir. O que encanta e ao mesmo tempo assusta aos visitantes é o cardápio típico na maioria das cidades do Sertão.

O café-da-manhã que se preza não pode deixar de contar com cuscuz, arroz vermelho e macaxeira. O consumo de inhame e batata-doce é bem menor do que o do Agreste, bem como o pão. Não deixa de ter, mas definitivamente não faz parte do andar de cima.

E de mistura, o que se encontra? Nada menos do que o caldo de mocotó, o guisado de boi, guisado de bode, galinha guisada e, por incrível que pareça, sarapatel.

Na feira livre, na Barraca de D. Alda, aqui em Serra, há um prato que provoca filas: o caldo de rabada, acompanhado de cuscuz.

A primeira questão que vem à cabeça do visitante é saber se a senhora do outro lado do balcão ou da mesa entendeu bem. Café-da manhã ou almoço? Foi bem entendido, sim. Isto é o que se consome nas feiras e mercados do Sertão. Pratos sempre fartos que vêm acompanhados de um café puro encorpado, mas quase sempre com mais açúcar do que deveria.

O exotismo para quem não conhece a região

A dupla pão e ovo, tão presente no café da manhã das regiões mais ao sul, não são os mais consumidos. O que é algo pouco entendido por nossos colegas. Imagine-se o fato de, ao amanhecer, já se contar com sarapatel, aí a coisa toma uma outra dimensão.

Toma tempo para quem vem ao convívio da caatinga entender, mas com pouco tempo entende muito bem o que representa ao sertanejo da roça ter que enfrentar um dia de lavoura ou pega de boi. É duro e necessita de energia extra.

Durante todo o dia, em nossas barracas, um prato de sabor único é aqui encontrado, o manguzá salgado à base de milho amarelo, feijão de corda, charque ou carne de sol e linguiça, temperado com cebola, alho, sal, pimenta do reino e cominho. Ao final adicionando-se coentro e cebolinha picados. Também pode ser preparado com carne de galinha, em especial as partes que contêm ossos, o que dá um gosto especial.

Cresci sabendo que o manguzá doce, ou o chá-de-burro, como também era conhecido, era feito com milho branco ou amarelo, leite de coco, açúcar e cravo. Também foi ensinado que se tratava de um prato de origem Africana, o que faz sentido. Esta receita sofre variações. No Sudeste e Sul é conhecida como Canjicão. Podendo a ele ser adicionado amendoim esfarelado ou coco ralado.

No caso do manguzá salgado, não há dúvida de que foi criado para atender ao homem da roça, utilizando-se do milho e do feijão e de qualquer mistura que se contasse. Prato com essas características somente nos sertões de Pernambuco, Paraíba e Ceará.

 Nutrição para todo o dia

O que se conclui a partir do que foi descrito é que após o consumo de uma dessas receitas, nem sempre em doses econômicas, o cliente está pronto para a jornada. A maioria dos frequentadores são pessoas humildes que trabalham em atividades exigentes em energia. Seus ganhos são parcos e nem sempre contam com dinheiro para as três refeições.

Aí está a lógica do cardápio. Quem não contar com um bom café dificilmente passará um dia saudável e para evitar interromper o trabalho ao longo da jornada, a melhor opção é se contar com o que existe de mais energético e proteico.

O caldo de mocotó simboliza como nenhum outro este padrão. Símbolo de nutrição rica em carboidrato, proteína, colágeno. Enquanto a proteína e o colágeno vêm da mão-de-vaca, o carboidrato é fornecido pelo cuscuz ou o arroz vermelho. 

Fica o convite. No Sertão, não deixei de ir à feira logo cedo e procurar pelas barracas de comida. Conheça este cardápio especial e único. Não se assuste. Você vai gostar, voltar e se tornar um apreciados desses sabores.

Professor Titular da UFRPE-UAST

Fonte: Jornal do Sertão

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IPA apresenta diretores de Pesquisa, Extensão Rural e Infraestrutura Hídrica

O presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) Bartolomeu Monteiro reuniu, na manhã desta quarta-feira (10), no auditório da sede, servidores e colaboradores a fim de apresentar os novos diretores. Nesse contexto, Danusa Correia assume a Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento, Bruno Santos fica à frente da Extensão Rural e Rômulo Gomes da Infraestrutura Hídrica.
Na ocasião, o presidente destacou a importância de preservar e valorizar a instituição e seus profissionais. “As ações e iniciativas são no sentido de fortalecer e promover o desenvolvimento do IPA, de seus profissionais a fim de contribuir para alavancar a Agricultura Familiar pernambucana”, falou Bartolomeu.

Fonte: Núcleo de Comunicação

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IPA participa da Expocose 2022

O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) participa da Expocose 2022, que acontece até domingo (7), no Parque de Exposições Professor Renato Moraes. A Expocose 2022 distribuirá R$ 70 mil em premiações aos criadores.

A parte técnica contemplará a exposição de animais de diversas raças, torneio leiteiro, concurso de peso para caprinos e ovinos, julgamentos de animais sem RGN, desfile dos campeões, entre outras atividades. A última edição do evento foi há três anos, em razão da pandemia da Covid-19.

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Diretor de Extensão Rural do IPA realiza visitas técnicas em sedes regionais e escritórios municipais

Entre os dias 25 e 30 de julho, o diretor de extensão rural do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Bruno Santos realizou visitas técnicas em sedes regionais e escritórios municipais da instituição. As visitas fizeram parte do novo planejamento de trabalho da diretoria. Ao todo, foram visitadas oito escritórios locais e seis regionais.

“Durante essas visitas, tivemos a oportunidade de conhecer de perto a realidade dos extensionistas rurais e técnicos do IPA, e também aproveitamos para visitar alguns produtores fornecedores assistidos pelo Programa Alimenta Brasil (PAB), gerido por nós”, explicou Bruno Santos.

O objetivo da diretoria de extensão rural foi conhecer o funcionamento do trabalho em campo e buscar melhorias estruturais e a valorização dos profissionais, bem como a aquisição de novos equipamentos para atender os produtores rurais.

Ao todos foram 14 municípios visitados, entre eles Arcoverde, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Salgueiro, Araripina e Petrolina.

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Programa Alimenta Brasil destina mais de R$ 300 mil para segurança alimentar em Floresta

A aquisição e entrega de produtos do Programa Alimenta Brasil (PAB), em Floresta, Sertão de Pernambuco, teve início nesta segunda-feira (01), e contou a presença do presidente do IPA, Bartolomeu Monteiro. Cerca de 300 mil reais foram destinados ao combate à fome e fortalecimento da segurança alimentar no município.

O PAB, antigo PAA, possibilita a compra de alimentos produzidos por agricultores familiares, que são destinados a pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. Em Floresta, o programa faz parte das ações de assistência social e garantia de direitos, voltados a segurança alimentar e nutricional.

“O PAB em Floresta é um verdadeiro exemplo de sucesso. O programa vem mudando a vida de famílias agricultoras que, antes do programa, não tinham para quem vender todos os alimentos que produziam. Na outra ponta, constatamos a satisfação das entidades que recebem os produtos”, afirma Bartolomeu.

Para a agricultora Alvani Barros de Oliveira, que representa os agricultores da Fazenda Jardim, o PAA trouxe mais oportunidades.

“Desde que foi iniciado o PAA aqui em Floresta, o programa nos ajudou muito e agora com este aumento vai alcançar outras famílias agricultores e entidades sociais. O IPA sempre foi um parceiro e essa gestão tem feito a diferença para melhor”, afirma a agricultora.

Números

Os produtos adquiridos pelo Programa de Aquisição de Alimentos precisam ser exclusivamente de origem familiar, visando garantir renda à produção do agricultor familiar.

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