Programa Compra Local entrega 20 mil kits em 45 municípios

O Governo de Pernambuco, por meio do Programa Compra Local, fecha a semana alcançando a marca de 20 mil kits alimentares montados. Assim, foi possível chegar a 45 municípios. À Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) coube à missão de comprar, por meio de chamamento público, gêneros alimentícios in natura e processados de cooperativas e associações de 20 municípios de todas as regiões de Pernambuco, por meio de 530 famílias de produtores rurais, e coordenar a operação com apoio de diversos parceiros.

A logística da entrega dos kits passou por uma organizada sequência de etapas envolvendo a Secretaria de Desenvolvimento Agrário, por meio do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), que captou os alimentos diretamente com os fornecedores.

“Dessa forma, o IPA contribuiu para o escoamento da produção e geração de receita para os agricultores familiares, destinando kits a grupos em situação de vulnerabilidade social, como pescadores, quilombolas e indígenas”, destacou o presidente do Instituto, Odacy Amorim.

Em seguida, as mercadorias passaram pela triagem do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE, com o apoio das equipes no Recife e Arcoverde, que auxiliaram no armazenamento e na organização dos kits, por meio do Banco de Alimentos do Sesc PE.

O investimento na aquisição dos alimentos foi de R$ 1 milhão. O Compra Local foi lançado em 14 de abril pela AD Diper, empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado. A execução propriamente dita da iniciativa durou um mês e foi concluída nesta sexta-feira (29/5). Entre os itens comprados e doados a estão mel, leite de cabra, queijo coalho, abacaxi, alface, banana, farinha de mandioca, goiaba, manga, goma de tapioca, batata doce, ovo de galinha, ovo de cordorna e jerimum, etc., a depender da disponibilidade da safra.

“Essa ação ajudou a minimizar o impacto da pandemia na vida e no negócio de diversos pequenos produtores rurais. Rodando por Pernambuco e em contato com as cooperativas e associações percebemos o bem que o programa fez. Esses comerciantes não estavam conseguindo escovar sua produção em mercados e feiras livres e o Compra Local veio para mudar esse cenário”, detalha Roberto Abreu e Lima, diretor presidente da AD Diper.

Nos Sertões Central, do São Francisco e do Araripe os moradores de Salgueiro, Petrolina e Araripina foram contemplados. Os kits chegaram a Arcoverde, Betânia, Custódia, Ibimirim, Inajá e Sertânia no Sertão do Moxotó. Já no Sertão do Pajeú os alimentos foram para Carnaíba e Serra Talhada.

No Agreste Central, os municípios atendidos foram Belo Jardim, Bonito, Cachoeirinha, Caruaru, Lagoa dos Gatos e São Caitano. Já nos Agrestes Meridional e Setentrional, as cidades de Venturosa e de Frei Miguelinho e Limoeiro, respectivamente, foram contempladas.

Na Mata Norte, os municípios de Aliança, Carpina, Chã de Alegria, Itaquitinga, Lagoa do Carro e Nazaré da Mata receberam os kits. Já na Mata Sul, os produtos chegaram para famílias de Barreiros, Pombos, Rio Formoso, São José da Coroa Grande, Sirinhaém, Tamandaré e Vitória de Santo Antão. Na Região Metropolitana do Recife, as entregas aconteceram em Abreu e Lima, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Goiana, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Recife e São Lourenço da Mata.

“O Sistema Fecomércio têm contribuído para minimizar os impactos dessa crise em Pernambuco e a entrega dos kits foi mais uma ação neste sentido. Os kits foram montados, organizados e distribuídos por meio do Banco de Alimentos, que já realiza do trabalho de coleta e repasse de doações de insumos e, agora, por causa da pandemia, também tem trabalhado com produtos de limpeza e higiene”, diz o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE, Bernardo Peixoto.

Depois dessa etapa de coleta e organização dos gêneros alimentícios, foi feito o repasse para a Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude viabilizar a chegada às Prefeituras que, por sua vez, entregaram os kits diretamente às famílias. A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade também se envolveu por conta do repasse a colônias de famílias pescadoras e marisqueiras das Matas Norte e Sul e do Grande Recife, afetadas pela crise do óleo em praias do litoral brasileiro. A Cervejaria Ambev doou 10 toneladas de goma de mandioca que incrementaram parte dos kits fornecidos à população.

A classificação das famílias contempladas foi realizada seguindo parâmetros como: municípios com 11 casos ou mais confirmados da Covid-19; municípios com casos de óbito causado pela Covid-19 e municípios onde o número de famílias que não recebem o Bolsa Família está acima da média estadual de acordo com o porte populacional.

Fonte: Núcleo de Comunicação

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Chuvas garantem boa colheita de milho no interior de Pernambuco

Os agricultores da zona rural de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, estão satisfeitos com as chuvas do ano, que já permitem uma boa colheita de vários alimentos. Em Riacho Doce, que fica no 2º Distrito Rural da cidade, choveu 70% do esperado para o ano. Com o inverno antecipado, as plantações de feijão, jerimum e milho verde foram beneficiadas.

“Precisamente a coisa importante agora é a distribuição dessa chuva. Toda semana está precipitando, todo mês está tendo precipitações, o balanço hídrico é importante para a região. É um ano de lucro e de fartura na região”, avaliou o supervisor geral do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Anízio Júnior.

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) estima que as chuvas devem continuar em junho e em julho. “Está com muitos anos que a gente via um inverno como esse, excelente”, comemorou o agricultor Antonino da Silva.

Fonte: Jornal Diário de Pernambuco

Fonte: Núcleo de Comunicação

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Agricultura Familiar de PE supera desafios da pandemia com apoio do IPA

Representando 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, os agricultores familiares enfrentam desafios durante a pandemia do novo coronavírus. Redução da demanda, dificuldade para escoar os produtos devido à necessidade do isolamento social e a queda dos preços são alguns dos fatores que dificultam a vida desses trabalhadores. O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) acompanha essas famílias e oferece ações de apoio para o enfrentamento dessas dificuldades.

Este formato de agricultura tem como base o compartilhamento do trabalho na família e representa, para cada grupo, sua principal fonte de renda. O agricultor mantém uma relação particular com a terra, seu local de moradia e trabalho. De acordo com o diretor de extensão rural do IPA, Reginaldo Alves, a agricultura familiar é responsável por 80% a 90% da dos alimentos contidos na cesta básica pernambucana. O instituto atende cerca de 50 mil famílias empregadas neste sistema no Estado.

Com a pandemia, surgiram desafios diante de um momento importante para a agricultura familiar em Pernambuco. O IPA, portanto, desenvolve algumas atividades de apoio ao setor. “O principal objetivo de nossas ações nesse contexto é aproveitar e garantir a renda nesse momento de chuva super importante para o cultivo. No Sertão, ou se planta até o mês de março ou o ano está perdido. No Agreste, o limite é o mês de maio”, avalia Reginaldo.

Seguindo determinações sanitárias de isolamento e saúde, o IPA oferece suporte aos agricultores que desejem se cadastrar para receber o auxílio emergencial do Governo Federal, realizam processos de renovação de documentos e financiamentos, criação de grupos no WhatsApp com os agricultores para compartilhamento de informações e debates acerca do cultivo, produção e reuniões por videochamada. Além disso, o IPA desenvolve e distribui digitalmente, materiais em formato de card para conscientização sobre o coronavírus e informações técnicas sobre prevenção durante este período. “Já estamos no oitavo card com circulação nas redes sociais, incluindo o WhatsApp. Orientamos também a fabricação de máscaras, como higienizar os alimentos e o corpo, além de boas práticas de conservação dos produtos. Uma equipe está focada nessa produção de conteúdo durante este período”, garante Reginaldo.

Aprovado no dia 14 de maio, por unanimidade em segunda votação na Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o Programa Estadual de Aquisição de Alimentos auxilia na garantia da renda para o agricultor e na alimentação para diversos órgãos. A medida cria uma regra onde a compra de alimentos para os equipamentos estaduais (hospitais, polícia militar, sistema penitenciário, etc) considere um mínimo de 30% originários da agricultura familiar, pescadores artesanais, povos e comunidades tradicionais.

Essa medida reforça o programa já existente anteriormente em parceria com o Ministério da Cidadania, chamado de Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Reginaldo conta que, com investimento de R$ 9 milhões, o vencimento do projeto é em junho, a nova proposta estima um financiamento de R$ 12 milhões para as aquisições de alimentos oriundos da agricultura familiar em Pernambuco. “Nesse momento de pandemia, precisamos dar esse suporte técnico para que a agricultura familiar continue suas atividades”.

Reginaldo reforça a necessidade de ações que auxiliem nesse momento. “Estamos fazendo um trabalho junto à Secretaria de Desenvolvimento Agrário de atenção às feiras locais (agroecológicas e orgânicas). Pensamos que, nesse momento, a dificuldade de acesso aos mercados e alguns pontos de venda ficou mais complicado e se torna importante a criação de novos mecanismo de contato com o consumidor, seja por entregas em domicílio e relacionamento via plataformas virtuais”.

O IPA reúne mais de 400 técnicos nos 185 municípios de Pernambuco, incluindo Fernando de Noronha, onde os profissionais desenvolvem um mapeamento da capacidade produtiva da Ilha, estimulando uma produção local que auxilie na independência do continente, que acaba por elevar o preço de alguns produtos.

Fonte: Jornal Folha de PE

Fonte: Núcleo de Comunicação

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Seminário do Programa Dom Helder é destaque no Tudo do Campo

O Programa Dom Helder realizou vários seminários destacando ações da Extensão Rural. Os eventos foram promovidos pela Diretoria de Extensão Rural, do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), sob a coordenação das Gerências Regionais de Afogados da Ingazeira e Petrolina, respectivamente, supervisores, coordenadores do Dom Helder e extensionistas locais.

Mais de 300 agricultores, das cidades de Dormentes e Afrânio, participam do evento, realizado no auditório do Memorial José Theodoro. Em Afogados da Ingazeira, o evento ocorre no Instituto Federal com a participação de agricultores locais e dos municípios de Iguaraci e Ingazeira.

Fonte: Núcleo de Comunicação

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IPA realiza entrega de sementes em São Caetano e Tacaimbó

O Instituto Agronômico de Pernambuco realizou nessa quinta-feira (21), a entrega de sementes para os agricultores familiares dos municípios de São Caetano e Tacaimbó, no agreste do estado.

Foram 14 toneladas de milho para os dois municípios. As sementes já foram distribuídas nesta sexta-feira (22), aos produtores rurais. O plantio já começa de imediato uma vez que os meses de junho e julho são de chuvas na região.

Oito toneladas foram direcionadas para São Caetano, que irão atender cerca de 800 agricultores, cada um, com 10 quilos. Já Tacaimbó recebeu seis toneladas de sementes, onde cerca de 600 produtores devem dar início ao plantio no mesmo período do município vizinho.

Fonte: Núcleo de Comunicação

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Revista Aquaculture Brasil destaca projeto de Engenharia de Pesca do IPA

O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) é capa da Revista Aquaculture Brasil, uma das revistas mais importantes do setor Aquícola brasileiro, com o trabalho “Introdução e Desenvolvimento da Criação do Camarão Marinho, Litopenaeus Vannamei, realizado com agricultores familiares do Semiárido. O projeto, de autoria do extensionista e engenheiro de Pesca do IPA, Gilvan Lira, venceu o Prêmio Inovação Aquícola 2019. “Esse projeto visou aproveitar os poços de água salobra do Semiárido , gerando alimento, emprego e renda para as famílias de agricultores de base familiar”, destaca o engenheiro.

Fonte: Núcleo de Comunicação

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A Agropecuária brasileira versus a pandemia do Novo Coronavirus

O Novo Coronavírus ou COVID-19 é uma doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, que apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria dos pacientes com COVID-19 (cerca de 80%) podem ser assintomáticos e cerca de 20% dos casos podem requerer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória e desses casos aproximadamente 5% podem necessitar de suporte para o tratamento de insuficiência respiratória.

Durante toda a minha existência, 68 anos, nunca vi ou presenciei nada igual. Ela não tem limite. Não escolhe gênero, idade, cor nem camada social. Tira a vida de todos sem direito a cidadania das pessoas nos seus momentos mais difíceis de suas vidas. Infelizmente, estamos testemunhando, ainda, pessoas desqualificando essa pandemia como se fosse, simplesmente, um resfriado ou uma gripe, lamentável. O novo coronavírus, COVID 19, vem causando, sérios problemas de dor dentro de muitas famílias, psicológicos irreparáveis por muitos e muitos anos em todo mundo, além de sérios problemas sociais pelo desemprego. Sem dúvida, teremos que nos reinventar para voltarmos a ter uma vida normal pós-pandemia. Enquanto não tivermos a vacina , a única forma de sua prevenção é o isolamento social, ou seja, FICAR EM CASA.

Apesar da pandemia do Novo Coronavírus, a qual vem parando e afetando todo o mundo e o Brasil não poderia ser diferente, ela não consegue parar a nossa agropecuária. Por isso, o trabalho de abertura de novos mercados para os produtos agropecuários brasileiros continua trazendo bons resultados para o país. Houve aumento das exportações para a Ásia, com destaque para a China. Mesmo com o impacto do COVID 19 na economia chinesa, as exportações brasileiras para lá aumentaram 11,3 % em comparação com o mesmo período do ano passado, levando-se em consideração o período de janeiro a abril.

GABRIEL ALVES MACIEL, PESQUISADOR DO IPA, MEMBRO DO CONSELHO SUPERIOR DA FACEPE, MEMBRO DA APCA E EX-SECRETÁRIO NACIONAL DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MAPA.

Podemos registrar os seguintes produtos nesse processo de exportação: soja com 28,5%,, carne bovina fresca (resfriada e congelada) 85,9%, carne suína fresca (resfriada e congelada) 153,5% e o algodão em bruto com 79%. É importante registrar que, esses números mostram que a China comprou ao Brasil o triplo do importado pelos Estados Unidos e o dobro demandado pela União Européia.

As vantagens comparativas e competitivas da nossa agropecuária em relação aos nossos concorrentes são muitas. Contudo, podemos destacar as principais: (1) Além do clima, o Brasil apresenta quantidade de água considerável e potencial de mais áreas (utilizamos apenas 7,3% da mesma); (2). Associado a isso, há mais investimentos em tecnologia, o que difere positivamente nos valores de produção alcançados. Desta forma, a agropecuária vem sendo impulsionada a produzir de maneira eficiente e consciente , e (3) O mercado interno juntamente com as exportações, com a expansão da fronteira agrícola e com os ganhos de produtividade, deverão ser os principais fatores de crescimento da agropecuária no Brasil nos próximos anos. Não podemos esquecer também da necessidade de se construir uma produção mais sustentável nos próximos anos. Nesse contexto, a Agricultura de Baixo Carbono ou ABC, deverá ter uma maior prioridade, com adoção e o fortalecimento das práticas de recuperação de áreas de pastagens degradadas, plantio direto, fixação biológica de Nitrogênio, mudanças climáticas, tratamento de dejetos, integração lavoura-pecuária e floresta .

Hoje, a agropecuária, sozinha, representa 21,1% do PIB brasileiro. Além disso, é responsável por metade das exportações do país, o que demonstra grande poder sobre o saldo positivo na balança comercial brasileira. Só para citar alguns exemplos, nos últimos anos, o país tem sido o maior produtor e exportador global de açúcar, café, suco de laranja, soja, carne bovina, carne de frango, e outros. Além da importância direta na economia, a agropecuária movimenta em média 38% dos empregos do país. Desta forma, é notória a geração de serviço e renda das famílias.

A dinâmica e importância da nossa agropecuária são tão fortes e importantes para o Brasil que, dos 10 principais produtos exportados 07 são originários do campo, conforme dados abaixo (dados em bilhões de US$): soja com 26, petróleo 24, minério de ferro 22, celulose 7,5, milho 7,3, carne bovina 6,5, carne de frango 6,3, produtos manufaturados 5,9, farelo de soja 5,8, café 5,1. O nosso superávit dos produtos da agropecuária no ano passado foi de US$ 94 bilhões.

Outro fato a ser destacado é a previsão de colheita na safra de grãos em 2020. Segundo a CONAB, o Brasil terá uma colheita de 251,9 milhões de toneladas, sendo 4,1 % a mais do que em 2019 (9,9 milhões de toneladas de grãos).

No caso de Pernambuco, levando-se em consideração o primeiro trimestre de 2020 x 2019, até o momento, temos uma redução nas exportações do Vale do São São Francisco de 28 e 47%, para manga e uva, respectivamente. Mas, segundo a VALEXPORT haverá uma reversão nos valores, pois a nossa principal janela de exportações será no segundo semestre.

Sem dúvida, a nossa agropecuária tem sido e será a maior fonte de estabilidade econômica em qualquer circunstância no Brasil.

Fonte: Núcleo de Comunicação

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Agricultores do Agreste e Zona da Mata recebem sementes

O Governo de Pernambuco dá início, na próxima quarta-feira (20), à segunda etapa de distribuição de sementes do programa Campo Novo, beneficiando cerca de 70 mil famílias de agricultores e agricultoras do Agreste e Zona da Mata do Estado. Ao todo, serão entregues cerca de 270 toneladas de sementes de milho, 77 toneladas de feijão e 50 toneladas de sorgo forrageiro, representando um investimento de R$ 2 milhões.

Ao todo, depois de plantadas, as sementes distribuídas devem gerar uma colheita de aproximadamente 17 mil toneladas de milho e 3,2 mil toneladas de feijão e 360 mil toneladas de massa verde (forragem) para alimentação animal. Na primeira etapa do programa, realizada em janeiro, foram entregues aos produtores rurais do Sertão pernambucano 530 toneladas de sementes, sendo 445 toneladas de milho e 85 toneladas de sorgo forrageiro.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, Dilson Peixoto, a medida integra um conjunto de ações voltadas à agricultura familiar em Pernambuco. “É importante destacar o esforço feito pelo Governo de Pernambuco para garantir a distribuição dessas sementes, apesar dos desafios impostos pela pandemia mundial da Covid-19”, destaca o secretário.

Além da distribuição de sementes, o Governo de Pernambuco vem desenvolvendo uma série de ações visando garantir o escoamento da produção rural do Estado. Uma dessas iniciativas é o Programa Compra Local, coordenado pela AD Diper, que está destinando R$ 1 milhão para a aquisição de produtos da agricultura familiar para doação à população mais vulnerável. O programa inclui a compra de mercadorias como queijo coalho, leite de cabra, ovos de galinha, ovos de codorna e mel de abelha, além de outros itens hortifrutigranjeiros.

Outra medida voltada ao setor e construída em conjunto como os movimentos sociais foi a criação do Programa Estadual de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PEAAF), instrumento que regulamenta a compra institucional de alimentos e assegura que, pelo menos, 30% das compras governamentais de alimentos tenham como origem a produção da agricultura familiar.

“O Governo do Estado tem feito um grande esforço para garantir a manutenção de emprego e renda no meio rural e para que os homens e mulheres do campo consigam vencer os desafios desse período de pandemia”, destacou Dilson.

Com informações da Ascom da Secretaria de Desenvolvimento Agrário

Fonte: Núcleo de Comunicação

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Um Novo Olhar para o Agro

Por Cleber Oliveira Soares

O agronegócio é um dos poucos setores que tem condições concretas de contribuir com o gigante desafio de superar a crise causada pela Covid-19, e outras que poderão vir. Em quaisquer cenários temporais, para mitigar uma potencial crise humanitária, é preciso olhar na perspectiva de oportunidades para o setor. A OMS cunhou o conceito “One World, One Health” (“Um Mundo, Uma Saúde”) para abordar de forma integrada as relações entre seres humanos, animais, plantas e meio-ambiente. E o que o agronegócio tem a ver com isso, com essa pandemia e com crises futuras? Ele é o forte eixo de mitigação de muitos dos problemas, com soluções para liderar uma transformação mundial a partir da conexão alimento-saúde-humanidade. O modelo está baseado em três pilares, uma perspectiva transversal, e consequente resultante. Um dos pilares está na sustentabilidade pela qual o agronegócio brasileiro e global buscará intensificar sistemas de produção cada vez mais sustentáveis, seja no aspecto ambiental, econômico, social e produtivo. Em curso, está a valorização dos sistemas integrados, das rotações e consórcios de culturas, do uso de práticas conservacionistas e alternativas para a exploração sustentável dos biomas. A resiliência ganhará mais espaço, seja nos ajustes dos sistemas de produção ao território, ao bioma e ao ecossistema, como também à demanda do mercado consumidor. Outro pilar baseia-se na segurança alimentar, que terá o papel de entregar valor para os atores das cadeias produtivas, para o consumidor e a sociedade. Há um déficit alimentar no mundo. Nações pobres e algumas populosas vivem quadros de insegurança alimentar. Cerca de 821 milhões de pessoas passam fome e 25 mil morrem de fome aguda todos os dias. A pandemia está contribuindo para aumentar essa tragédia. Neste cenário, o Brasil será essencial, pois já produz o suficiente para alimentar mais de cinco vezes a sua população. O outro lado dessa riqueza estará na habilidade em refinar os sistemas, incrementar produtividade, desenvolver cadeias de ciclo curto, agregar mais e mais valor aos produtos. A segurança do alimento integra o terceiro pilar e é componente vital para essa superação. A insegurança nutricional no mundo é imensa. O agro precisará entregar, a partir de 2027, mais 214 trilhões de calorias para suprir esse déficit. Além da questão nutricional, o consumidor cobra mais qualidade, sabor, suculência, vitaminas, minerais, experiência e outras funcionalidades. A Covid-19 elevará a demanda por inocuidade dos alimentos, este tem que chegar à mesa sem causar nenhum prejuízo à saúde, especialmente em países como o Brasil, onde mais de 50% do hábito alimentar da população é baseado em alimentos in natura. Essa pandemia despertará a exigência e a percepção sobre segurança do alimento. É o princípio, como se diz na pecuária: “saúde entra pela boca”. O digital é a perspectiva transversal e será a ciência transformadora do agronegócio. Desde a gestão de dados, passando por big data, uso de sensores, aplicativos e dispositivos móveis, aprendizagem virtual, até o blockchain, certificações inequívocas, gêmeos digitais e a computação holográfica. A Covid-19 criou um novo dogma no mundo e no agro, o digital será a alavanca para esse salto. Quanto à resultante da fórmula, haverá um novo paradigma nas relações entre as pessoas, com os animais, as plantas, o ambiente, e com tudo aquilo que se consome e se entrega desse ecossistema. A agricultura estará cada vez mais conectada com a vida. Numa visão exponencial, poucos países têm condições de contribuir de forma efetiva para essa equação como o Brasil. Esse novo olhar estará focado em humanidade. ———————–O artigo  está na abertura da matéria de capa da Revista Plant Project trago reflexões sobre o agro e a pandemia de Covid-19. A abordagem de Inovação para esse novo mundo estará baseada em Sustentabilidade, Segurança Alimentar, Segurança dos Alimentos e suportada pelo Digital.

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