A nossa presidente, Ellen Viégas, participa, em São Luís do Maranhão, do 22º Fórum Nordeste da Agricultura Familiar Eugênio Pessoa. O assunto em destaque é a instituição do Sistema Unificado de Assistência Técnica e Extensão Rural (SUATER), que será um instrumento de garantia, acesso e fomento ao desenvolvimento da agricultura familiar no país.
O IPA, como se sabe, tem ampla expertise na área e atua fortemente neste segmento produtivo. De acordo com o documento intitulado Carta de São Luís, divulgado no fórum, a agricultura familiar é a “espinha dorsal da segurança alimentar no país”, sendo responsável pela produção de alimentos saudáveis, além da geração de emprego e renda para milhares de brasileiros.
Sendo assim, o fórum também traz algumas preocupações e trata de questões vitais, tais como mudanças climáticas e recursos naturais, que impactam na agricultura familiar, sobretudo no Nordeste. A região, de acordo com especialistas, já sente tais transformações, que se manifestam através de secas mais prolongadas, enchentes e da degradação do solo.
Diretores de pesquisa e extensão da Agerp trocam experiência com equipe pernambucana e visitam estações experimentais do instituto
Representantes da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão (Agerp) estão visitando e conhecendo o trabalho realizado pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). Nesta segunda-feira (20), o grupo foi recebido pelo diretor-presidente da empresa, Joaquim Neto, e, em seguida, participaram de uma reunião com o pesquisador Antônio Félix.
Da agenda consta, ainda, um encontro com o diretor de Extensão Rural, Francisco Dantas, e visitas para conhecer de perto as atividades realizadas pelo IPA no estado incluindo as estações experimentais. De acordo com José Rogério Salles, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento Rural da Agerp, o objetivo da visita é de trocar experiências e buscar novas informações sobre o trabalho realizado pelo instituto.
“Nosso objetivo é buscar informações que venham favorecer nossas atividades na agricultura. É um intercâmbio para conhecer o trabalho desenvolvimento do IPA em relação à sua parte estrutural, de pesquisa e de ATER”, destacou José Rogério Salles. Ele disse, ainda, que a visita ao instituto é resultado de uma articulação entre Joaquim Neto e o presidente da Agerp, Sandro Montenegro, durante uma reunião da Asbraer.
Ao falar entre as semelhanças entre Pernambuco e Maranhão e quais experiências do IPA podem ser aplicadas nas atividades daquele estado, José Rogério afirmou o Maranhão é um estado abrangente, mas que tem biomas parecidos com os de Pernambuco.
“E essas informações, principalmente nas áreas de cebola e feijão, onde o IPA tem desenvolvida várias ações de pesquisas e toda parte de extensão, não é diferente. O público é o mesmo. São agricultores familiares e pequenos agricultores. Então, essas informações que estamos buscando vai fortalecer nosso trabalho junto ao agricultor familiar”, ressaltou o pesquisador.
Na reunião, foram tratados de programas comuns entre as duas instituições, a exemplo do Sertão Vivo, Pages/Fida; políticas voltadas para o Semiárido e fruticultura. Os pesquisadores do Maranhão já trabalharam experimentos com a semente da cebola desenvolvida pela IPA. O diretor de pesquisa do instituto, Henrique Castelletti, explicou a trajetória da empresa e sua organização na área da pesquisa e do trabalho voltado para o lançamento de novas variedades IPA, entre elas, tomate, milho, feijão, sorgo e palma forrageira.
Além de José Rogério Salles, também estão na equipe da Agerp o coordenador de Pesquisa, Ronald Alvarez e Josenildo Cardoso de Araújo, assessor técnico/ATER. Do IPA, os pesquisadores Henrique Castelletti, Antônio Félix, o diretor de Extensão Rural, Francisco Dantas, o gerente de Extensão Rural, Maviael Fonseca e a professora da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Valéria Apolinário.
Um acordo de cooperação técnica está sendo discutido para implementação, em municípios maranhenses, de tecnologias desenvolvidas pelo IPA
Um acordo de cooperação técnica foi firmado, nesta segunda-feira (30), entre o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e a Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Estado do Maranhão (AGERP). O convênio tem o objetivo de promover o intercâmbio de pesquisa e extensão rural entre as duas instituições, visando fortalecer, naquele estado, o trabalho do homem e da mulher do campo. O documento foi assinado presidente do IPA, Joaquim Neto, e da AGERP, Sandro Montenegro.
A partir de agora, será montando um plano de trabalho com as diretrizes que devem ser seguidas. Com a parceria, o IPA irá disponibilizar toda a sua expertise nas áreas de plantios e agropecuária para fortalecer ações a serem realizadas pelos extensionistas maranhenses. A equipe do IPA também estará disponível para realização de cursos e pesquisas específicas para produção agrícola.
Antes da assinatura do convênio, Sandro Montenegro participou de uma reunião com Joaquim e diretores do IPA. “Nesse primeiro momento, estamos procurando tecnologia na produção de cultivares de tomate, como também de outras culturas e hortaliças que irão beneficiar os agricultores da família do nosso estado”, destacou o presidente da AGERP.
Questionado se a parceria também irá refletir nas diferenças climáticas e as características geográficas entre os dois estados, explicou que, atualmente, existem municípios no Maranhão que fazem parte do bioma Semiárido “e acreditamos que, através desses municípios, vamos conseguir implementar essa parceria, de acordo com as condições geológicas e geográficas de cada município”, assegurou.
Ao falar sobre a visita, Joaquim Neto, ressaltou a recomendação da governadora Raquel Lyra da necessidade de “construir pontes” para alcançar objetivos. “O Governo do Maranhão é parceiro do Governo de Pernambuco. Estamos construindo mais uma parceria na área da pesquisa, da extensão rural e recursos hídricos, mostrando para o governo e o agricultor maranhense a quantidade e a variedade de tecnologias, de cultivares novas, produtivas, resistentes a pragas, resilientes aos efeitos climáticos, que são muito importantes para aquele estado”, frisou o presidente do IPA.
Participaram da reunião, os diretores do IPA, Henrique Castelletti (Pesquisa), e Francisco Dantas (Extensão Rural); o coordenador do Núcleo Jurídico, Weidson Marinho e os pesquisadores Félix da Costa e Josimar Gurgel e, ainda, a professora Valéria Apolinário, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).