Ciclo de palestras sobre o bioma Caatinga em Santa Cruz da Baixa Verde e Triunfo

Os escritórios do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), em Santa Cruz da Baixa Verde e Triunfo, por meio dos extensionistas Gerlúcio Moura e Marcos Alberto, respectivamente, realizaram um ciclo de palestras sobre o bioma Caatinga. Foram abordados a caracterização, importância, manejo e potencialidades do bioma, na perspectiva agroecológica. O evento contou com a participação de 110 jovens.

As palestras foram realizadas na Escola de Referência em Ensino Médio Regina Pacis, em Santa Cruz da Baixa Verde, e na Escola Estadual Monsenhor Luiz Sampaio, em Triunfo, para turmas de jovens, em sua maioria, oriundas do campo, tendo início no Dia Nacional da Caatinga, comemorado em 28 de abril, tendo continuidade por mais duas semanas.

Contribuíram na realização das atividades: Carlos Renan (estagiário de Agronomia do IPA/Santa Cruz da Baixa Verde), Maria do Socorro Costa (professora EREM Regina Pacis), Mônica Ramos e Givanildo Souza ( professores Escola Monsenhor).

Fonte: Núcleo de Comunicação

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Riquezas da Caatinga são destaques em artigo escrito pela pesquisadora Francis Lacerda

O plantio de milho no bioma rende R$ 3 mil por hectare ao ano, enquanto a instalação de placas solares dá ganhos de até R$ 1,5 milhão ao ano, por hectare. “Nesse caso, se não chove, a produção de energia consorciada com alimento, água e reflorestamento é uma chave para a transformação, conforme tem sido possível demonstrar no Sertão de PE, através da Unidade Ecolume Agrofotovoltaico em funcionamento, ora financiada pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI/CNPq)”, disse no Senado, Francis Lacerda, pesquisadora do IPA e do Ecolume.

Na última semana, quando celebrou o Dia Nacional da Caatinga (28/04), o Congresso Nacional realizou nas duas casas legislativas atividades para destacar o único bioma 100% brasileiro. Em audiência no Senado, a rede Ecolume destacou que podem existir, de fato, mais riquezas e oportunidades neste ecossistema diante das mudanças climáticas. Entretanto, para isso, a produção rural carece de políticas adaptativas ao novo comportamento do clima, como um Sistema Agrofotovoltaico.

“A Caatinga tem muitas riquezas se observadas as suas propriedades ambientais e socioeconômica, ainda mais agora com as mudanças do clima, mas o modo de produção, sobretudo da alimentação, precisa ser adaptada ao fenômeno climático, dado que até as espécies nativas já estão ameaçadas, como o umbu, agravada pela desertificação mais acelerada e o desmatamento”, falou a climatóloga da rede Ecolume e do Instituto Agronômico de PE (IPA), durante a audiência no Senado, realizada na última quarta-feira (27), a convite da Comissão de Meio Ambiente (CMA) da Câmara Alta. 

O debate reuniu alguns especialistas no tema para destacar o potencial socioeconômico do bioma na busca de trazer um novo olhar, da escassez à abundância da Caatinga. Francis apresentou uma tecnologia social do Ecolume simples/barata instalada no Sertão do Moxotó em Pernambuco. Exibiu o Sistema Agrofotovoltaico (Save) onde apresenta vantagens no contexto das mudanças do clima para a produção consorciada de energia, comida, água e ainda aposta no reflorestamento de espécies nativas, como o umbu e o licuri. 

“Mesmo com cenários mais severos de escassez pluviométrica frente às mudanças climáticas, o Save garante a produção de alimentos saudáveis e orgânicos o ano todo. É um sistema autossuficiente em termos de energia e água. Ainda promove a captação de água de chuva nos painéis solares. Por fim, promove o reflorestamento das áreas em processo de degradação ambiental através dos viveiros Ecolume”, falou Francis aos senadores presentes, bem como aos deputados federais nos três dias de exposição Riquezas da Caatinga – possibilidades e potencialidades do bioma -, realizada no Espaço Mário Covas, da Câmara.

O Ecolume defende que as políticas públicas para o bioma para se gerar tais riquezas abundantes carecem de inverter a diretriz da água para o sol. “Com a mudança do clima, o que era semiárido está virando deserto. Logo, mais que mitigação, manter a aposta em medidas que demandam água para a produção rural, carece de meios adaptativos, como o Save. Do contrário, a maioria das famílias no local continuará sem abundância, e aquelas que ainda produzem com o velho paradigma deixarão de se manter pelos meios ultrapassados”, explica a pesquisadora do Ecolume.

Os primeiros resultados do Ecolume impressionam. Numa pequena área de apenas 24 m², instalado na escola Serta em Ibimirim/PE, o rendimento anual é de R$ 10.362. O montante consiste na produção de 130 kg de peixe (R$ 2,6 mil), 750 ovos de galinha (R$ 365), 810 unidades de vegetais (R$ 1,6 mil), 200 mudas de plantas nativas (R$ 3 mil) e mais R$ 2,4 mil anual com a produção de 4.8 mil KWh das placas fotovoltaicas.

Fonte: Núcleo de Comunicação

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Dia Nacional da Caatinga é celebrado com audiência pública no senado

O MapBiomas, que é uma rede de monitoramento em tempo real por iniciativa do Observatório do Clima, já demonstra que a Caatinga é a mais desmatada ilegalmente dentre os biomas no Brasil. Cresceu 405% ante 9% da Floresta Amazônica. O tema chamou a atenção do Senado, que promoveu audiência pública na quarta-feira (27), um dia antes do Dia Nacional da Caatinga.
Entre os pesquisadores convidados, destaque para Francis Lacerda, climatóloga e coordenadora do Laboratório de Mudanças do Clima do Instituto Agronômico de PE. Ela também integra o Ecolume, rede científica que devolveu e implantou uma tecnologia social adaptativa às mudanças climáticas voltada para a produção consorciada de alimento, energia, água e o reflorestamento. E tem transformado seca em riquezas, gerando trabalho, renda e cidadania para as famílias rurais envolvidas
Ao invés de escassez, as famílias rurais da Caatinga, bioma 100% do Brasil, mas ainda sem lei nacional para sua proteção como tem a Mata Atlântica e Amazônia, poderiam está colhendo agora, em mais uma Dia Nacional da Caatinga (28 de Abril), toda a sua abundância ambiental e socioeconômica (R$ 10 bilhões com a produção consorciada de energia e alimentação). Porém, para isso, era preciso que a vegetação caatingueira não estivesse sendo tão derrubada pela falta, sobretudo, de estratégia política e de negócios diante das oportunidades que se abrem com as mudanças climáticas já em curso.
Se devastam é porque ainda faltam nuitas políticas públicas de adaptação às mudanças climáticas, a exemplo de tecnologias sociais inovadoras, como a desenvolvida pela Rede Ecolume, já capazez de produzir energia, alimentos, água e ainda estimular o recaatingamento (replantio da vegetação originária e geneticamente adaptado ao clima). Felizmente, apesar de ser só um debate inicialmente, o assunto foi tratado em Audiência Pública no Senado, na Comissão de Meio Ambiente, na quarta-feira (27), pela manhã.
Dos quatro palestrantes convidados para o encontro, duas estudiosas são integrantes da rede Ecolume. São elas: a professora da UFPE, Marcia Vanusa, e a pesquisadora do IPA, Francys Lacerda. “Teremos, mais uma vez, a chance de voltar ao Congresso Nacional para debater sobre grande potencial socioeconômico do bioma, na busca de trazer um novo olhar, da escassez à sua abundância”, realça Francis. As riquezas do bioma serão expostas inclusive de terça (26) a quinta-feira (28), no Espaço Mário Covas, na Câmara dos Deputados. A iniciativa é da Frente Parlamentar em Defesa da Convivência com o Semiárido.

Francis lembra que a Caatinga é uma das áreas atuais mais vulneráveis às mudanças climáticas no planeta. E, associado ao desmatamento da sua vegetação, está provocando grande processo de desertificação 20 vezes mais acelerados que anteriormente. Está virando deserto quando poderia está gerando R$ 10 bilhões por ano com a produção de energia e comida em pequenas áreas com tecnologia social simples e barata já implantada pelo Ecolume (agrovoltaico) em PE.

Os primeiros resultados do Ecolume impressionam. Numa pequena área de apenas 24 m², instalado na escola Serta em Ibimirim/PE, o rendimento anual é de R$ 10.362. O montante consiste na produção de 130 kg de peixe (R$ 2,6 mil), 750 ovos de galinha (R$ 365), 810 unidades de vegetais (R$ 1,6 mil), 200 mudas de plantas nativas (R$ 3 mil) e mais R$ 2,4 mil anual com a produção de 4.8 mil KWh das placas fotovoltaicas.

“Uma simulação simples, se o modelo for replicado numa área maior, de 24 Km² da Caatinga, o que equivale a 10% dos pastos degradados do semiárido, o potencial de rendimento é significativo: 10 bilhões por ano”, garante Francis. Apesar de todo esse potencial, o bioma sequer conseguiu força política para aprovar um Projeto de Lei para a sua proteção, mesmo tramitando desde os anos 2000. Não por acaso se destrói tanto.

Fonte: Núcleo de Comunicação

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Francis Lacerda participa de audiência pública sobre a Caatinga no Senado Federal

A pesquisadora do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Francis Lacerda, participa na quarta-feira (27), de uma audiência pública sobre a caatinga, único bioma 100% brasileiro, organizada pelo Senado Federal. O encontro será realizado em comemoração ao Dia da Caatinga, celebrado na quinta-feira 28 de abril. A data foi criada com o intuito de homenagear o bioma único, e também conscientizar as pessoas sobre a importância da sua conservação para o equilíbrio ambiental.

A data é um ótimo motivo para o público conferir a exposição “Riquezas da Caatinga – possibilidades e potencialidades do bioma 100% brasileiro”, que será realizada de terça-feira (26) a quinta-feira (28), no Espaço Mário Covas, na Câmara dos Deputados, Brasília. Francis Lacerda também participa da exposição explicando as potencialidades do bioma.

A participação da pesquisadora da audiência pública é resultado de um convite da Comissão de Meio Ambiente. O objetivo é debater o potencial socioeconômico do bioma Caatinga, na busca de trazer um novo olhar, da escassez à abundância do bioma, em alusão ao Dia Nacional da Caatinga. A reunião acontecerá, às 9h, no formato semipresencial, por meio da plataforma de videoconferências Zoom, adotada pelo Senado.

A Caatinga ocupa mais de 10% do território brasileiro e abriga cerca de 27 milhões de brasileiros e brasileiras, em 9 estados: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, sul e leste do Piauí e uma pequena porção ao norte de Minas Gerais. O bioma, conhecido pela sua residência aos longos períodos de estiagem, alimenta e abastece milhares de famílias.

Fonte: Núcleo de Comunicação

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