Aquicultores familiares da Associação do Engenho Amazonas, em Ipojuca-PE, vêm recebendo e atendendo às recomendações de assistência técnica em teletrabalhos de Rodolfo Rangel ,extensionista e engenheiro de pesca do IPA , no Cabo de Santo Agostinho , para preparação de viveiros para novos cultivos. E também na orientação de construção de um viveiro previamente estudado e planejado presencialmente, em março, de 800 metros quadrados, que seguiu a orientação técnica, concluindo a obra no início de maio. Comprovada com acompanhamento em fotografia.

O extensionista recomenda que os produtores rurais usem este período de isolamento social ,de maio à julho, para preparação de viveiros e a realização da calagem e adubação.” Verifica-se que a calagem tem diversas finalidades, entre elas o da correção do solo, para preparação do manejo de cultivo e a desinfecção dos viveiros. Sobretudo, bastante aplicado, a calagem, neste momento do COVID-19,para qualquer desinfecção de ambientes”, destaca ele.
De modo que, ele tem orientado a proceder a preparação de viveiros com calagem na proporção inicial de 100 gramas/ m²,com exposição ao sol por 20 a 30 dias. Como estamos num período chuvoso esta exposição ao sol pode ser prolongada. E orientando para numa fase posterior que sejam feitas análises solo e água para permitir as correções e ajustes no monitoramento dos diversos parâmetros de qualidade de água.

Para programar análises físico-química da água, em julho e agosto. Devendo essa fase de preparação de viveiro ser concluída com a adubação, prevista para a próxima etapa, podendo ser a primeira quinzena do mês de julho. Permanecendo o viveiro seco, colocando esterco animal de bovino ou bulbalinos ou aves, na proporção média de 300 gramas/m². E permanecer seco ao sol, por pelo menos quinze dias, antes de colocar água parcial, cerca de 50%do volume total, com antecedência de cinco a sete dias do povoamento.

Programando para o povoamento na segunda quinzena de julho em diante sincronizando com a programação das larviculturas. Essa sincronização da programação do povoamento com a programação de atividades dos laboratórios de larviculturas, estão prevista para retomar o sistema de produção de julho /agosto. Devido ao fato de estarem tendo dificuldades de obtenção dos insumos e atendimento das demandas dos produtores da aquicultura .
“Nesse propósito, estamos aproveitando este período de isolamento social, para fazer a preparação dos viveiros para novos ciclos e o diagnóstico das situações dos aquicultores familiares e de manejos de cultivos nos municípios de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca ,através de teletrabalhos, em consulta com informações e recebimento de fotos atuais dos viveiros e sistema de abastecimento e drenagem , daqueles produtores rurais que possuem viveiros”, explica Rodolfo.

E estabelecendo os manejos de cultivos de cada realidade dos pequenos produtores rurais. Este teletrabalho se entende a consulta aos públicos de Associações de Engenhos de Pau Santo, Ipiranga , e povoados de Pirapama, no Cabo. E que ainda, tem dado pequenos retornos nas respostas aos questionários .Entretanto em Ipojuca a Associação do Engenho Amazonas, tem se manifestado para a diversificação de cultivos nos viveiros com o policultivo ou com a introdução do monocultivo semi-intensivo, com uso de aeradores ou renovação de água noturna ,e uso de substrato, em viveiros predominantemente de 400 m², construído pelo poder municipal. “Isso porque atuamos complementarmente com assistência técnica aos manejos de cultivos e na orientação ao operador da máquina retroescavadeira. Através desses serviços de teletrabalhos foi concluído a construção de viveiro de 800 m² e conserto de outro de 400 m². Lembramos que a construção do viveiro de 800 m², precedeu, em início de março , com a atividade presencial ,onde foram estudado e identificado as questões de solo , água ,topografia sondagem do nível local do lençol freático e marcação do viveiro permitindo assegurar as diretrizes de planejamento para implementação da obra, com seleção de área para implantação do viveiro, e prévio planejamento de movimentação de terra para efetivar a orientação para construção do viveiro”, ressalta ele. Essa ação foi concluída em início de maio com orientação ao operador da máquina retroescavadeira, (alugada pela comunidade) dos cortes e aterros do terreno.

O extensionista também informa que se estendeu a troca de informações na busca do diagnóstico na Associação do Engenho Mercês. Aparentemente é bastante promissor, mas que necessita de maiores informações do manejo de cultivo existente, na propriedade. E também com perspectiva de expansão de futuros diagnósticos “in loco” na Associação do Engenho Pirajá.

Rodolfo Rangel , observou que com o teletrabalho em muitos casos, não foi possível identificar a realidade de vários cultivos , dificuldados pela falta de envio de um acervos fotograficos.Verificando que ainda,não tivemos resposta esperada ,chegando a índiiçes muitos baixos estimados em aproxidamente a 30 % dos produtores rurais consultados. Ele caredita que muitos aguardam a normalidade para um período após a pandemia do COVID-19, para responder com informações objetivas sobre a atividades que permita diagnósticar os manejos de cultivos.Colaborado pelo fato que tem muitos produtores familiares que tão algum retorno ,porém, não foi permitido identificar por correspondência os manejos dos cultivos exercídos e programados.

Prevendo atingir este objetivo, do diagnóstico,somente quando for possível as atividades presenciais a ser programadas a partir de agosto / setembro.Também estes teletrabalhos conta com o apoio na articulações junto aos pequenos produtores rurais familiares , pelo Conselho de Desenvolvimento Sustentável do Cabo e da Associação do Engenho Amazonas de Ipojuca , disponibilizando ,e estimulando para o preenchimento dos questionários de identificação da aquicultura familiar.

“Notamos também, que tem muito trabalho a ser realizados ,predominando um quadro da necessidade de ajustes nos manejos de cultivo, que poucos conseguem identificar para buscar melhorar a produtividade ,que se apresentam baixa , principalmente por não ter seguido as recomendações da assistência técnica. Permanecendo o empirismo tecnológicos de muitos produtores rurais. Quando constata-se, nas consultas e nas atividades presenciais explorativas”, conta.

De modo que, os produtores estão se organizando e apreensivos para iniciar os povoamentos dos viveiros, predominantemente, entre o período de agosto a setembro ,para novos ciclos. “Reforçamos que este período de isolamento de maio e junho é muito importante que os produtores rurais , ultilizem para preparação de viveiros e aplicação de cal , que tem diversas finalidades ,da correção do solo, e desinfecção do viveiro , sobretudo, da importância neste momento do COVID-19”, frisou.

Muitos dos produtores familiares estão adotando viveiros de fundo de quintal de tamanhos, que predominantemente, variam de 400 m² a 1000 m² dos produtores rurais , que estão adotando o sistema semi intensivo , com renovação noturna e substrato, e o modelo um pouco mais intensivo, com uso de aeradores e substrato.

Resultando que dentre os sistemas mencionados possa variar de ganho de produtividade do crustáceos de 150 gramas / m² a 250 gramas/m².E com base ao preço atual do crustáceos de água doce com o produto final com peso variando de 25 a 30 gramas, possa chegar a valores entorno de R$ 50/kg a R$ 70/ kg. Isso equivalerá a lucratividade média em viveiro de 1000 m² de fundo quintal, variando de 60 % do salário mínimo média mensal ,após seis a sete meses de cultivo, ao sistema mais intensivo com rentabilidade prevista para cerca de dois salários mínimos mensais. Na perspectiva de realização da despesca dos viveiros ocorram ,no período compreende o carnaval do próximo ano.

Fonte: Núcleo de Comunicação