Reunião discute Unidades de Referência do Dom Hélder

Acontece, nesta quinta (13), mais uma reunião com Gerentes Regionais e equipes técnicas do Projeto Dom Hélder. A pauta do encontro desta quinta, que ocorre de forma online, são as Unidades de Referência, cujos objetivos são gerar conhecimento e utilizar tecnologias dentro das comunidades. Participam do encontro as equipes das gerências regionais de Afogados da Ingazeira, Caruaru e Surubim.

“Foi avaliado o desempenho delas [Unidades de Referência] e a perspectiva de planejamento para introdução de inovações nos próximos três meses”, reforça Flávio Duarte, diretor de Extensão Rural. Ao todo, em Pernambuco, há 58 URs em processos de implantação. Elas contribuem com a missão de melhorar as condições de vida da agricultora e do agricultor familiar, estimulando a diversificação da produção, a melhoria de renda, cuidados com o meio ambiente e bem estar das famílias.

Dentre as principais melhorias que as UR’s proporcionam, estão as melhorias na infraestrutra para as atividades produtivas, o acesso a água, fortalecimento comunitário, a produção de alimentos, gerando melhoria na qualidade de vida para as famílias. “Já temos instalados cisterna calçadão em Itapetim com adaptação na coleta da água de chuva no lajeiro, com capacidade de 52 mil litros, onde a família não tinha acesso à água potável”, afirma Petrônio Ramos, gerente regional de Afogados.

“A Unidade se Referência não é só a propriedade rural, ou o sítio onde a família mora, mais o todo: o que se cria, o que se planta, o que se pensa, o que se deseja. É saúde, educação, ambiente familiar com sonhos, dificuldades, alegrias e tristezas. É a esperança de viver com mais dignidade. Como o próprio nome sugere, vai servir de exemplo, pois a visitação de outras famílias será constante”, reforça Genil Gomes, extensionista e coordenador das URs.

“Em Ingazeira, nós perfuramos um poço artesiano, para que os agricultores voltassem a plantar hortaliças para o programa PAA (Programa de Aquisição de Alimentos)”, complementa Petrônio, reforçando a importância do projeto Dom Hélder.

As reuniões começaram no dia 06 de agosto, quando foi discutida a continuidade das ações do projeto e as perspectivas daqui para frente.

Fonte: Núcleo de Comunicação

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Curso EAD de Caprinovinocultura e campanha para controle da eimeriose é tema de reunião virtual

O curso EAD Caprinovinocultura e a campanha para controle da eimeriose foi tema de reunião virtual, realizada na terça-feira (11), com a participação do diretor de Extensão Rural, Flávio Duarte, representantes do departamento de educação e metodologias de extensão rural (DEEM), da Estação Experimental de Sertânia, além de extensionistas da área da Medicina Veterinária.

Em continuidade ao planejamento das capacitações para os extensionistas e de acordo com o que foi demandado para as regiões de desenvolvimento de Pernambuco, entraram em pauta o planejamento do curso EAD, que deverá abordar estratégias para o manejo da Caprinovinocultura na agricultura familiar em transição agroecológica, além do planejamento para a campanha de controle da eimeriose em Caprinos e Ovinos.

Fonte: Núcleo de Comunicação do IPA

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Projeto Dom Hélder Câmara beneficia 5460 famílias do Semiárido de PE

O Projeto Dom Hélder Câmara vem mudando a vida do agricultor familiar em situação de extrema pobreza, apoiando o desenvolvimento sustentável no semiárido do Nordeste, melhorando a produção e promovendo o acesso ao mercado e melhoria da renda dos agricultores e das agricultoras.

Iniciado em 2017, o Dom Hélder deverá ser concluído em dezembro deste ano, com a prestação de ATER a 5460 famílias de agricultores do Semiárido, do Agreste e Sertão de Pernambuco. O projeto, com valor total de R$ 17.951.126,64, vai destinar 1342 cotas de fomento, cada uma no valor R$ 2.400,00, liberadas em 2 parcelas. A primeira de R$ 1.400,00 e a segunda de R$ 1.000,00, que será paga após a entrega do laudo técnico atestando a correta aplicação do recurso.

Todas as execuções são socializadas com os Conselhos de Desenvolvimento Rural Sustentável, por meio de reuniões com seus representantes, técnicos do IPA, agricultores, representantes da sociedade civil e demais autoridades em cada um dos municípios participantes do PDHC. Também foi promovida uma excursão por município, num total de 58, a fim de apresentar novas tecnologias sociais, com a finalidade de melhorar o escoamento da produção. Além disso, foram realizadas 43 oficinas voltadas para a comercialização e empreendedorismo. A meta é atingir 34.927 visitas às unidades familiares de produção agrária (UFPA). Por conta da pandemia, os atendimentos estão sendo realizados de forma remota.

A ação é realizada pelo Governo do Estado, por meio do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) como gestor do projeto e financiado pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e Fundo Internacional para Desenvolvimento Agrícola (FIDA), por meio da assinatura do Instrumento Específico de Parceria – IEP nº 009/17.

Fonte: Núcleo de Comunicação

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Pesquisa mostra cenário da agricultura digital brasileira

Pesquisa conduzida pela Embrapa, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra como os produtores rurais usam a internet. Mais de 70% dos produtores rurais que responderam à pesquisa disseram que acessam a internet para interesses gerais sobre agricultura. Já as redes sociais, como o Facebook, e os serviços de mensagem, como o WhatsApp, foram apontados por 57,5% deles como meios utilizados para obter ou divulgar informações relacionadas à propriedade, comprar insumos ou vender a produção.

Essas ferramentas, segundo o estaduo, são utilizadas em atividades gerais com o objetivo de ajudar no planejamento e na gestão da propriedade, mas foi possível observar também que uma boa parte dos produtores rurais já utiliza outras aplicações a partir de sensores remotos e de campo, eletrônica embarcada, aplicativos ou plataformas digitais para fins específicos em uma cultura ou sistema de produção.

Cerca de 40% dos produtores disseram que vêm usando essas novas tecnologias como canal para a compra e venda de insumos e da produção e, ainda, em torno de um terço deles utiliza soluções digitais com o objetivo de mapear a lavoura e a vegetação e para a previsão de riscos climáticos. “Outras aplicações das tecnologias aparecem em número menor, mas vemos como áreas com tendência de crescimento aquelas voltadas para o bem-estar animal, citada por 21,2% dos respondentes; e para certificação ou rastreabilidade dos alimentos, mencionada por 13,7% deles”, completa Bolfe. Ele ressalta ainda que 95% dos produtores registraram na pesquisa que desejam mais informações sobre agricultura digital. A pesquisa ouviu mais de 750 participantes entre produtores rurais, empresas e prestadores de serviço sobre tendências, desafios e oportunidades para a agricultura digital no Brasil.

IPA – Ligado nessa tendência de mercado, o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) por meio do escritório local de Pombos, dá andamento a um projeto piloto de capacitação virtual para viabilizar a venda online de produtos online. O primeiro objetivo inicial é alcançar 30 mulheres dos Sítios Manoel Mulato, Olho D´Água e Maracujá. O trabalho é coordenado pela extensionista, Andry Lúcia, que também é responsável pela capacitação, dessas agricultoras, para beneficiamento do abacaxi. “Estamos estudando junto com a gerente do Departamento de Educação e Metodologia de Extensão Rural -(DEEM), Milze Luz, a expansão dessa capacitação para grupos de outros municípios”, finalizou Andry.

Fonte: Núcleo de Comunicação do IPA

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Grupo de trabalho em capacitações online inicia planejamento de ações

Acompanhando as mudanças decorrentes do atual cenário, o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) inova em suas atividades, por meio da Diretoria da Extensão Rural, formando um grupo de trabalho em capacitações online.

O objetivo do grupo é planejar ações de capacitações online para os extensionistas, frente aos novos desafios tecnológicos que a pandemia impõe no atendimento aos agricultores rurais, pescadores, quilombolas e indígenas.

Neste primeiro momento, estão sendo planejados cursos que contemplam: comunicação e tecnologias digitais, estratégias de mercados e comercialização para agricultura familiar, manejo de caprinos e ovinos no contexto de transição agroecológica e sistemas agroflorestais. Além disso, debates online e webinar (seminário online em vídeo, com interação da audiência via chat) com temáticas voltadas à Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) pública também farão parte do planejamento das ações.

O grupo é formado pelos extensionistas: Andry Lúcia (IPA-Pombos), Gustavo Jonnas (IPA-Floresta), Mônica Nunes (IPA- Ilha de Itamaracá), Nayra Oliveira (IPA-Bom Conselho), Ricardo Motta (IPA-Barra de Guabiraba), Gilva Delli Vilaça, Luiz Bezerra e Cleide Miriam (Departamento de Educação e Metodologia de Extensão Rural – DEEM), Djair Silva (Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural – DEAT) e Carla Carvalheira (Departamento de Gestão de Pessoal – DEGP). A mediação do grupo é realizada pela gerente do DEEM, Milze Luz.

Fonte: Núcleo de Comunicação do IPA

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Agricultores da Ilha de Itamaracá receberão 100 quilos de sementes de milho

O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) acompanha e orienta o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) no trabalho de entregas dos sementes que serão distribuídas entre os agricultores da Ilha de Itamaracá dos bairros de Socorro, Poço do Cobres, Forte Orange, Sossego, entre outros. Ao todo, serão entregues 100 quilos de sementes de milho. “A parceira do IPA e STR é muito importante para a execução do processo de distribuição de sementes”, destaca a extensionista do IPA, Mônica Nunes, que coordena a ação junto com o técnico, Francisco Leite.

“Além de oferecer sementes de qualidade e com rápido crescimento ao agricultor, a iniciativa motiva o homem e a mulher do campo, gerando renda e garantindo a segurança alimentar. Desse modo, fortalece também as políticas públicas voltadas para esses dois segmentos”, falou Mônica.

Fonte: NUC

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PAA garante comercialização de R$ 126.505,47 para agricultores de Passira

A primeira assinatura do PAA de Passira foi realizada nesta segunda-feira (27), sob a coordenação da extensionista do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Elizabete Menezes. A iniciativa vai beneficiar 24 agricultores fornecedores de três instituições, com valor total de R$ 126.505,47, totalizando 16,276 toneladas.

“O PAA fortaleceu a Agricultura Familiar da Região, oferecendo oportunidade de aumento da produção com a certeza de comercialização dos produtos e garantia de elevação da renda familiar”, destacou Elizabete. Ainda segundo ela, proporcionou ampliar a cooperação e fortalecimento dos vínculos entre os agricultores fornecedores, visto que 22 deles pertencem à comunidade quilombola Chã Dos Negros. “Para os beneficiários trouxe a garantia de consumir um alimento seguro e saudável”, ressaltou a extensionista.

“Além de ser uma fonte de renda, o PAA nos valoriza como agricultores”, destacou a agricultora, Alessandra Pereira. Já Josélia Ferreira ressaltou a importância do PAA. “É uma ótima maneira de repassamos nossos produtos de forma confiável, valorizando o nosso trabalho, além de ser uma ótima renda pra família agrícola”, falou Josélia.

Entre os produtos fornecidos ao PAA estão: acerola, alface, batata doce, bolo de batata doce, bolo de mandioca, bolo de milho, canjica, couve, cebolinha, coentro, fava, feijão, maxixe, milho verde, doce de frutas, pamonha, quiabo e raiz de mandioca.

Fonte: Núcleo de Comunicação

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IPA realiza cadastro de comunidades rurais em programa de saneamento

No município de Brejo da Madre de Deus – PE, o IPA realizou o cadastramento de 16 comunidades rurais (Caldeirão, Cavalo Ruço, Passagem do Moleque, Açudinho, Madre de Deus, Tambor, Queimadas, Oitis, Amaro, Bandeiras, Estrago, Cacimba de Pedro de Cima, Estrago de Cima, Logradouro, Cacimba de Pedro de Baixo, assentamento Baraúnas) na plataforma do Programa de Saneamento Rural de Pernambuco da COMPESA. A ação foi realizada em conjunto com uma comissão municipal formada por Sindicato Rural –STR, Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável – CONDESB e Sec. de Agricultura. O trabalho, em parceria com as entidades citadas, agilizou o serviço e o tornou mais preciso, devido aos diversos olhares sobre cada comunidade. Mas, o serviço ainda não foi concluído, com expectativa de se cadastrar mais 30 comunidades.

Fonte: Núcleo de Comunicação

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Pesquisadora Francis Lacerda fala sobre climatologia e projetos em Pernambuco

A pesquisadora e climatóloga Francis Lacerda conversou com nosso coordenador de comunicação Daniel Cruz sobre climatologia, o trabalho do climatólogo e os projetos que estão sendo desenvolvidos aqui em Pernambuco com o apoio do IPA. Confira a primeira parte da entrevista:

Daniel Cruz: Doutora, primeiramente, o que faz uma climatóloga?

Francis Lacerda: A gente também pode chamar de climatologista. O climatologista ou climatólogo estuda as séries históricas de variáveis meteorológicas, como precipitação ou temperatura. Enquanto o previsor do tempo, o meteorologista, se preocupa com o tempo presente, o climatologista se preocupa com a história do tempo. Ou seja, pra você falar de clima, você precisa expressar o seu conhecimento de no mínimo 30 anos, 40 anos de uma região. No caso das mudanças climáticas, você tem que usar séries históricas superiores a 50 anos, 100 anos, para poder entender o clima.

Daniel: E quando começou seu interesse por essa área?

Francis: Faz parte da história da minha vida. Eu sempre gostei de física e matemática. E antes de tentar vestibular eu tava na dúvida se fazia engenharia elétrica, física ou matemática. Mas eu queria estudar física e matemática em uma aplicação. E aí conversando com uma socióloga, professora da Universidade Federal da Paraíba, ela falou pra mim “Ah, se você gosta tanto de física e matemática, e quer ver elas sendo aplicadas, estuda meteorologia”. E eu realmente fiquei encantada. Me apaixonei pela meteorologia.

Daniel: Quais são os seus trabalhos e projetos profissionais aqui no IPA no momento?

Francis: Nós chegamos aqui na década de 90 e montamos o primeiro laboratório de previsão de tempo de Pernambuco. Isso é uma alegria falar. Esse laboratório que na época era o LAMEPE (Laboratório de Meteorologia de Pernambuco), que foi inaugurado no governo de Joaquim Francisco, foi montado aqui no IPA com toda a sofisticação que naquela época permitia o instituto ter. Então a gente tinha uma antena de recepção de satélite, recebíamos as imagens dos satélites meteorológicos europeu e americano em tempo real, e isso no começo da década de 90, já tínhamos um aparato de ciência e tecnologia agregado aos nossos métodos. Nós não dependíamos mais dos americanos. E essa rede era toda movida por energia solar naquela época, não usávamos energia fóssil nem suja, e as estações que mediam as variáveis meteorológicas que eram necessárias para nossas previsões já faziam em tempo real sem a mão humana e toda movida pela energia do sol.

Daniel: Isso em que ano?

Francis: 95.

Daniel: Já estava na vanguarda, né?

Francis: Já estava na vanguarda e no estado arte da ciência do clima, aqui em Pernambuco, aqui no IPA.

Daniel: Falando sobre energia solar, eu me lembrei agora do projeto ecolume. Vamos falar um pouco sobre seu envolvimento com esse projeto.

Francis: Esse projeto a gente escreveu em 2017, por ocasião do lançamento de um edital do que convocava os cientistas e pesquisadores do Brasil para solucionarem os problemas que traziam as mudanças climáticas. Então a mudança climática tem uma série de consequências, uma delas é a escassez de alimento, a escassez de água. E nós estamos com as nossas energias não renováveis também findando. Já sabemos que o petróleo e o carvão têm os dias contatos. Então, diante desse problema, qual seria a solução? Como podemos garantir a segurança hídrica, energética e alimentar fazendo frente a essa questão das mudanças climáticas e estudando por biomas. Nesse caso, foi o bioma caatinga. Então nós apresentamos a proposta, que foi contemplada. Um dos projetos que recebeu mais recursos do CNPQ, e tô muito feliz com esse projeto. É um projeto que a gente tá tocando lá em Ibimirim, no coração do semi-árido. Nós acabamos de apresentar ele em Dresden, na Alemanha, ele foi selecionado no maior evento de economia circular que o hoje o mundo faz. A gente apresentou no ano passado no congresso nacional, a gente apresentou na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Então a gente vem se destacando nesse projeto.

Daniel: Teve até uma capacitação de 700 pessoas sobre tecnologia solar, não foi?

Francis: Isso. A gente prototipou essa solução. Foi uma solução que a gente propôs ao CNPQ. Uma solução que integra as três seguranças: hídrica, alimentar e energética, de forma circular e sinérgica. Dentro de um nexos, que é uma metodologia que faz a integração dos 3 eixos. Então a gente teve oportunidade de montar um sistema agrovoltaico, um termo que foi cunhado e hoje a gente já pratica esse tipo de agricultura, que faz frente à agricultura convencional. É uma agricultura de baixo carbono, em que você produz numa área pequena e libera as terras para o reflorestamento, o recaatingamento. A gente montou e prototipou lá no SERTA, na escola onde esse projeto foi implantado, fizemos uma integração com os alunos da agroecologia. Foram eles que montaram junto com a gente. Lá temos uma unidade de 28m², protegida por 10 painéis, que alimentam de energia a escola e fazem o bombeamento de água pra dentro do sistema de aquaponia, que fica na sombra. Essa questão de ficar na sombra a produção de alimentos é interessante porque aumenta a eficiência energética das placas. Elas produzem muito mais do que se tivessem no telhado das casas. Isso acontece porque a temperatura do semi-árido chega às vezes a próximo de 40 graus, e baixa a eficiência das placas e passam a produzir menos energia, causa um superaquecimento. E as plantas embaixo das placas promovem um microclima que refresca os painéis solares. Então estamos tendo uma produção de energia e de alimentos maior do que esperávamos, devido à adaptação das plantas. Construímos uma espécie de viveiro. Cercamos com uma tela e criamos um viveiro do século 21, que produz a sua própria água. Na área onde os painéis solares estão instalados há uma captação de água de chuva, que vai direto para cisterna e volta novamente para alimentar o tanque com os peixes. A quantidade de evaporação é mínima e a gente tem uma produção o ano inteiro de alimentos de proteína animal e vegetal, e de energia, porque são 365 dias do ano o sol reinando no céu do semi-árido de Pernambuco.

Fonte: Núcleo de Comunicação

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Sementes crioulas e a resistência no Agreste pernambucano

Além de servir às necessidades biológicas, a prática da agricultura pode ser um ato de resistência, como no caso da agricultura familiar empenhada em preservar e perpetuar as sementes crioulas. São sementes diversificadas, adaptadas ao meio e também mais resistentes, que passaram por uma melhoria genética. “A semente crioula é, na verdade, a semente mais original que existe no planeta. Todas as sementes da espécie vegetal que foram domesticadas ao longo do tempo são crioulas. E elas se adaptaram a diversos locais em diversos continentes do mundo e carregam esse tempo histórico de existência”, como explica o extensionista do IPA Pedro Balensifer.

No Banco de Sementes Crioulas localizado na Zona Rural de Garanhuns, no Agreste, 150 variedades de espécies são armazenadas, entre elas feijão, fava, jerimum, cabaças e adubos verdes. Outras raridades por lá são os milhos, incluindo o milho alho, ideal para a preparação de pipoca e que, graças à iniciativa de armazenamento, escapou da extinção naquela região. “Temos também o milho batité, que é o milho antigo, nunca perdemos a semente dele. E temos também o milho alho, que a gente tem duas variedades: o branco e o vermelho. Ele chegou a ser extinto na nossa região. Depois das casas de sementes, começamos a resgatar”, enfatiza a coordenadora do Banco de Sementes, Margarida Maria de Melo.

Antes de ir para o armazenamento, as sementes passam por um processo de secagem. É necessário chegar no ponto ideal de umidade, entre 11% a 13%. “Como os agricultores não têm um medidor de umidade, que é caro, eles mordem a semente no dente e vê o nível de secagem. Quando a semente trinca no dente, é porque ela está no ponto ideal”, afirma Pedro Balensifer. A secagem é feita no sol, em uma lona clara para que não haja absorção de calor. Depois de passar 1 ou 2 dias secando, ela pode ser colocada em garrafas de plástico para estocagem.

Fonte: Núcleo de Comunicação

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