Nos últimos 35 anos, o Brasil aumentou a sua área cultivada com grãos em 66%, enquanto a sua produção cresceu 360%. Tudo isso é o resultado da pesquisa e desenvolvimento, tecnologia da informação, sistemas de produção sustentáveis e rentáveis, reduzindo custos e utilizando práticas para minimizar e mitigar as emissões de gases favoráveis ao efeito estufa, tais como a recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta, plantio direto na palha, florestas plantadas, fixação biológica do Nitrogênio, tratamentos de dejetos de resíduos animais e práticas de enfrentamento e adaptação às mudanças climáticas, pilares estratégicos do Programa Nacional da Agricultura de Baixo Carbono.
Com práticas sustentáveis, o Brasil é hoje o celeiro do mundo na produção de proteínas animais, vegetais e fibras para atendar a demanda interna da população brasileira como para abastecer parte significativa da população mundial. Importante destacar que, toda essa produção tende a ser 100% sustentável para atender cada vez mais uma população crescente e exigente em qualidade e o uso de práticas sustentáveis, focado, principalmente, na preservação do meio ambiente para minimizar os efeitos das mudanças climáticas e no aquecimento global.
O Brasil com todas as suas características de água, clima e solo é o único país do mundo, capaz de atender com um crescimento de 40% na sua produção de alimentos de origem animal e vegetal para suprir as necessidades da segurança alimentar e nutricional de uma população estimada em 9 bilhões em 2050. Tais vantagens comparativas e competitivas do agronegócio brasileiro gera discórdias e disputas dos nossos concorrentes externos. Com toda proteção e barreiras tarifárias, sanitárias e fitossanitárias nenhum deles será capaz de nos vencer, tanto em qualidade, produção e produtividade de nossas lavouras e dos nossos rebanhos.
Não custa relembrar que, o nosso agronegócio, seja ele familiar ou em larga escala, é responsável por alimentar a população do Brasil e, grande parte do mundo, seja com proteína animal, proteína vegetal e fibras. Por exemplo, somos o 1º. maior produtor e 1º. exportador mundial de açúcar, café e suco de laranja; o 2º. maior produtor e o 1º. maior exportador de carne bovina, carne de frango e soja em grão; somos o 3º. maior produtor e o 3º. maior exportador de milho; somos o 4º. maior produtor e o 2º. maior exportador de farelo de soja, óleo de soja e algodão, e o 4º. maior produtor e o 4º. maior exportador de carne suína.
O furacão do mundo, hoje, está voltado para as queimadas no Pantanal, Amazônia Legal e o Cerrado brasileiros em diferentes estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Amazonas, Goiás, Tocantins, Bahia e Piauí, por exemplo. Mas, é importante destacar que, tudo isso não pode ser creditado ao governo atual, pois são ocorrências recorrentes todos os anos, causados, principalmente, pelas altas temperaturas, baixas umidades do ar, incêndios criminosos, mas, acima de tudo, por uma falta de política ambiental do atual Ministério do Meio Ambiente, assim como do governo central. Não podemos esquecer da famosa frase do Ministro do Meio Ambiente para burlar toda a legislação ambiental brasileira “onde passa um boi, passa uma boiada”. Um irresponsável que deveria pagar pela sua incompetência e pela destruição de toda credibilidade do Brasil junto aos diferentes organismos nacionais e internacionais.
Diante desses exemplos podemos afirmar que, o agronegócio brasileiro, com práticas cada vez mais sustentáveis irá crescer cada vez mais, sem precisar cortar uma simples árvore para ser e continuar como o mais importante produtor mundial de alimentos.
GABRIEL ALVES MACIEL, PhD, PESQUISADOR DO IPA, MEMBRO DO CONSELHO SUPERIOR DA FACEPE E ACADÊMICO DA APCA.
Fonte: Núcleo de Comunicação