A reunião aconteceu na sede da Fetape, em Garanhuns
O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) foi uma das instituições que participaram, nesta terça-feira (12), da reunião, coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), com o objetivo de discutir a implementação do Plano Safra da Agricultura Familiar Agreste.
O evento, que aconteceu no auditório da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Pernambuco (Fetape)/Garanhuns, contou com a participação de instituições estaduais e federais ligadas ao programa.
Marcaram presença na reunião, representantes da Universidade Federal do Agreste, da Gerência Regional do IPA Garanhuns, Banco do Nordeste, sindicatos rurais de agricultores familiares e de comunidades Quilombolas. O IPA/Garanhuns foi representado pelas supervisoras regionais Vicência Tenório e Nayra Oliveira.
Iniciativa reúne representantes de bancos, institutos de pesquisa, universidades e outras entidades governamentais e privadas
Nesta terça-feira (5), foi realizada, no auditório do IF Sertão Campus Floresta, a reunião de instalação Comitê Territorial do Plano Safra do Sertão, uma iniciativa conjunta entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), o Banco do Nordeste (BNB), o IF SERTÃO, e o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). O grupo conduziu a mesa de debates, da qual participaram uma extensa lista de entidades comprometidas com o fortalecimento da agricultura familiar na região do Sertão de Itaparica.
A diversidade dos participantes reflete a amplitude do compromisso com o desenvolvimento regional. O diretor de Extensão Rural do IPA, Francisco Dantas, e o gerente regional do IPA de Serra Talhada, Fernando Nogueira, marcaram presença na mesa de discussões.
Eles trouxeram uma perspectiva valiosa para as estratégias de desenvolvimento regional, ressaltando a importância da extensão rural na implementação de práticas inovadoras.
Fernando Nogueira ressaltou a importância do comitê territorial ao afirmar que “ele traz para a região a possibilidade de discutir a cadeia produtiva de cada localidade, cada uma com características distintas. Embora compartilhem similaridades, o manejo próprio e a cultura do povo são fatores que diferenciam cada região”, destacou.
O evento também destacou a importância do direcionamento estratégico de recursos por parte dos bancos, como o Banco do Nordeste. O objetivo é aproveitar as potencialidades específicas de cada região do Sertão de Pernambuco, levando em consideração não apenas as características climáticas, mas também as particularidades culturais que tornam cada localidade única. As parcerias estabelecidas e as discussões realizadas durante o evento sinalizam um compromisso coletivo em impulsionar o desenvolvimento regional.
Entidades participantes do evento
Representantes do MDA e BNB, Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca do Governo do Estado de Pernambuco, IF SERTÃO- Campus Floresta, IPA (Instituto Agronômico de Pernambuco), Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de Pernambuco, Rede Nacional de Colegiados Territoriais, MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), CONTAG (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), Via Trabalho, Sindicatos dos Trabalhadores Rurais (STRs), ITERPE (Instituto de Terras e Reforma Agrária do Estado de Pernambuco), INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), FETAPE (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco), MCP (Movimento Camponês Popular), CPT (Comissão Pastoral da Terra), ASA (Articulação no Semiárido Brasileiro), CONAQ (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombolas), UNICAFES (União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária), Quilombos de Pernambuco, Fórum de Economia Solidária, FETRAF (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar).
Mais de 200 técnicos do IPA participaram do I Seminário estadual de Crédito Rural
Mais de 200 extensionistas das regionais do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) participaram, nesta quinta-feira (22), do I Seminário Estadual de Crédito Rural. O evento, organizado pelo instituto, tem o objetivo de intensificar, retomar ações do crédito rural aos produtores(as) pernambucanos e, ainda, traçar ações para a ampliação do Plano Safra no estado. A iniciativa conta com a parceria da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca, Banco do Nordeste (BNB), Banco do Brasil, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e cooperativas de crédito.
Durante o evento foram abordados temas como a criação de comitês territoriais do Plano Safra da Agricultura Familiar e Economia Solidária, Crédito e Agroindústria e Projetos de Financiamento e Linhas de Crédito do Banco do Nordeste e Banco do Brasil. Os participantes também tiveram a oportunidade conhecer um “case de sucesso” do produtor, instrutor e consultor em charcutaria, Mauro Alencar, da Charcutaria Alencar, que produz embutidos e defumados.
O diretor presidente do IPA, Joaquim Neto, destacou a importância do seminário para a extensão rural. “Nos empenhamos em organizar essa proposta porque acreditamos que uma das peças mais importantes da extensão rural é o crédito rural, um mecanismo de incentivo necessário para pequeno, médio e grande produtor/a”, disse, acrescentando que o crédito orientado garante meios para ampliar e qualificar a produção, garantindo mais competitividade a Pernambuco.
O superintendente do MDA em Pernambuco, Caetano De Carli, pontuou que os três estados do Sul do Brasil executam cerca de 70% de todo o recurso do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), enquanto a Região Nordeste, que tem 49% de todo a agricultura familiar, executa apenas 12%. “Tivemos aqui em Pernambuco um aumento de 78% dos contratos do Pronaf. Agora, temos o desafio, junto com o IPA, as agências de crédito e organizações governamentais e não-governamentais de ampliar o Pronaf A, destinado às áreas de assentamento, quilombolas e indígenas. O seminário é também voltado ao Plano Safra. Queremos fazer o maior da agricultura familiar da história de Pernambuco”, assegurou De Carli.
Para Hugo Queiroz, superintendente do Banco do Nordeste em Pernambuco, “é muito importante para a instituição se fazer presente nesse tipo de construção de uma empresa tão relevante para o desenvolvimento rural de Pernambuco”, disse. Segundo ele, no estado, em 2023, o BNB financiou mais de R$ 1.2 bilhão em crédito.
“É uma satisfação muito grande participar desse evento. Nós do Banco do Brasil, que temos o agro na nossa essência, e poder contribuir com o desenvolvimento de Pernambuco é muito bom”, afirmou superintendente estadual do Banco do Brasil/PE, Henrique Dantas, destacando que para o seminário o banco apresentou novas formas de conceder crédito, “apoiando os técnicos da assistência técnica e extensão rural para que possamos levar melhores condições para os nossos produtores”, definiu.
O secretário de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca, Cícero Moraes, destacou a necessidade dos técnicos do IPA e das instituições financeiras atuarem em sintonia para que as ações cheguem ao homem e à mulher do campo. “É importante que os gerentes do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste se juntem aos técnicos do IPA, indo ao campo, indo na ponta. Quanto maior a aproximação entre as gestões, quem ganha é o povo pernambucano, é o povo do campo”, observou o secretário.
Além das palestras temáticas, os extensionistas participaram de debates sobre os assuntos abordados no seminário.
Nesta quarta (28), o Governo Federal anunciou o Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/2024. No encontro em Brasília, o Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, anunciou o programa que vai contar com investimentos que chegam a um total de R$77,7 bi.
No evento que contou com a presença do Presidente Lula, outros ministros de Estado e representantes da sociedade civil e organizações de agricultores familiares, o chefe do MDA elencou as diversas ações previstas no plano, que englobam a concessão de crédito para produção, alíquotas de juros reduzidas, investimento em ATER, incentivo a produção e orgânicos e agroecológicos, etc.
Dentre as ações apresentadas, se destacam:
77,7 bi em investimentos
Pronaf: R$ 71,6 bilhões
Proagro Mais: R$ 1,9 bilhões
Garantia Safra: R$ 960 milhões
PGPM-bio: R$ 50 milhões
Assistência Técnica e Extensão Rural: R$ 200 milhões
Compras Públicas: R$ 3 bilhões / Programa de Aquisição de Alimentos (PAA/MDS), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE/FNDE) e PAA Compra Institucional
Redução da taxa de juros, de 5% para 4% ao ano, de empréstimos para quem produzir alimentos, como arroz, feijão, mandioca, tomate, leite, ovos, por exemplo
Juros 3% ao ano no custeio e 4% ao ano no investimento para Agricultores que optarem pela produção sustentável de alimentos orgânicos, produtos da sociobiodiversidade, bioeconomia ou agroecologia
Redução de 50% nas alíquotas do Proagro Mais para a produção de alimentos
Relançamento do Programa Mais Alimentos: programa para estimular a produção e a aquisição de máquinas e implementos agrícolas específicos para os manejos do pequeno produtor
Criação de faixa de acesso exclusiva para a juventude no Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF)
Criação de nova faixa no Pronaf Mulher com limite de financiamento de até R$25 mil, com taxa de juros de 4% ao ano
Inclusão de indígenas e quilombolas como público beneficiário do Pronaf A
R$ 20 milhões para ATER em agroecologia e convivência com o semiárido
R$ 30 milhões para estruturação da rede pública de assistência técnica e extensão rural; jornadas para acesso ao Pronaf Agroecologia no Nordeste
O IPA, junto ao Governo do Estado, vai seguir com seu trabalho e não medirá esforços para garantir o acesso do nosso pequeno produtor aos benefícios do programa.