A professora de gastronomia, Adriana Borges, chef do quadro “Sabor do Campo”, do Programa Tudo do Campo, no ar na TV Pernambuco, apresentou neste sábado (18), a receita “tapiocas pernambucanas – pratos variados” durante I FENAFES, em Natal, no Rio Grande do Norte.

Durante a feira realizada no período de 15 a 19, o Espaço Cozinha Sabores da Terra – no Centro de Convenções recebeu dois chef por dia para apresentar receitas nordestinas e variadas. Adriana explicou o passo a passo da receita para um público convidado de cerca de 50 pessoas. Durante a apresentação, o pesquisador do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Josimar Gurgel explicou o desenvolvimento da instituto.

Na abertura, Adriana, explicou a Origem da tapioca pernambucana, como o nome tapioca, que é derivado das palavras tupi tapi (pão) e oca (casa) ou ainda do tupi  tïpï’og (coágulo ou aglutinado). Ou seja, existem duas tapiocas. A tapioca “ingrediente” e a tapioca “quitute”.

A tapioca ingrediente é a farinha obtida a partir do amido da mandioca, geralmente granulada e conhecida como goma de mandioca. A tapioca quitute é um tipo de panqueca – recheada ou não – feita com a goma de mandioca.

A tapioca foi “inventada” pelos índios do litoral pernambucano, antes da chegada dos portugueses. Era usada na preparação do beiju, um quitute usado na alimentação básica. Foi “avistada” pela primeira vez pelos colonizadores no século XVI nos arredores de Olinda.

Como uma coisa puxa outra, os portugueses entenderam que o beiju podia substituir o pão tradicional feito com farinha de trigo (que não existia na região) e levaram o tal quitute para dentro de casa. A ideia foi tão boa que ainda no século XVI abriram a Casa da Farinha na Ilha de Itamaracá para a produção de beiju, farinha e goma.