Ellen Viégas participa de Workshop do FIDA em Salvador para fortalecimento da Agricultura Familiar

A presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Ellen Viégas, está na cidade de Salvador, Bahia, participando do workshop de desafios de gestão promovido pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). O evento reúne todos os representantes das unidades gestoras dos projetos apoiados pelo FIDA, proporcionando um ambiente de diálogo e troca de experiências entre os participantes.

Durante o workshop, estão sendo discutidas a terceira fase do projeto Sertão Vivo e diversas outras ações voltadas para o fortalecimento da agricultura familiar. Ellen Viégas está interagindo com representantes de diversos estados, que também desempenharão projetos significativos para a agricultura familiar, assim como Pernambuco.

A presença do IPA neste evento reforça o compromisso do instituto em buscar soluções inovadoras e eficientes para os desafios enfrentados pelos agricultores familiares, visando sempre o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida no campo.

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IPA recebe palestras sobre Controle Interno e Gestão de Riscos

Na terça-feira, 23 de julho, a sede do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) foi palco de importantes palestras ministradas por profissionais da Secretaria da Controladoria Geral do Estado (SCGE).

Os temas abordados foram “Controle Interno no Âmbito do Poder Executivo Estadual” e “Gestão de Riscos: Importância e Desafios”. As palestras destacaram a importância da transparência e eficiência na administração pública, além de estratégias para identificar e mitigar riscos operacionais.

A iniciativa reforça o compromisso do IPA com a capacitação de seus colaboradores e a melhoria contínua de seus processos internos, alinhando-se com as melhores práticas de governança e gestão pública.

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Como as ondas de calor podem tornar os territórios inabitáveis

No cenário atual de crescimento das emissões dos gases de efeito estufa (GEF), no mundo e no Brasil, as projeções dos modelos climáticos sugerem aquecimentos significativos com variações positivas de até 6ºC em várias regiões do país. O sexto relatório – AR6, do IPCC (IPCC, 2023) indica que o uso inadequado e desigual do planeta terra e sua energia, oriundos da queima de combustíveis fósseis, causaram o aquecimento global, com a temperatura da superfície global atingindo 1,1°C a mais que no período de 1850 – 1900 em 2011–2020.

Os impactos adversos vêm acontecendo de forma generalizada com perdas e danos relacionados à natureza e às pessoas. Neste contexto, pode-se destacar a tragédia recente no Rio Grande do Sul. Segundo o mesmo relatório os compromissos de contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) até 2030 mostram que a temperatura continuará aumentando em até 1,5°C na primeira metade da década de 2030. O AR6 aponta que será muito difícil limitar o aumento, da temperatura na terra, em 2,0°C até o final do século XXI. A cada grau de aquecimento os riscos são múltiplos e em todas as regiões do mundo. Estudos realizados, pela NASA, publicados recentemente, mostram um cenário de aumento dos extremos de temperatura para o Brasil, sem precedentes. Regiões do Brasil podem se tornar inabitáveis nos próximos 50 anos, segundo o mesmo relatório. Em destaque, áreas do Centro-Oeste, do Sudeste, do Norte e do Nordeste do Brasil.

Por outro lado, as ações de mitigação e adaptação, seguem lentas e, se implementadas de forma rápida e sustentada ainda nesta década, poderiam reduzir significativamente as perdas e os danos aos humanos e aos ecossistemas. As ações de curto prazo envolvem investimentos vultuosos e mudanças radicais nas formas de produção e estilo de vida, para dizer o mínimo. Os impactos negativos das alterações climáticas podem ser atenuados pela adoção de uma série de políticas públicas que façam frente aos desafios impostos pela emergência climáticas e seu ritmo acelerado, a exemplo da prática de técnicas agrícolas de baixa emissão de carbono. Nossa janela de oportunidade está se fechando.

O agronegócio (modificações no uso do solo, desmatamento, queimadas, poluição de rios e nascentes …) é grande responsável pelas emissões de GGE que aumentam a incidência desses eventos climáticos extremos e tem sido atingido em cheio, com prejuízos pela diminuição de safras, secas e de chuvas em excesso, bem como, levado o país à insegurança hídrica e energética, dado que a base da matriz energética brasileira está estabelecida no insumo água.

Estudo feito pela Nasa mapeou as áreas mais vulneráveis do planeta, destacando o Brasil como um dos locais que enfrentarão mudanças climáticas graves. O mapeamento resultante destacou as áreas que se tornarão inabitáveis, mas também aquelas onde a vida poderá ser extinta.

As recentes crises energéticas colocam em evidência a dependência da matriz energética do país de seus recursos hídricos que são em grande parte dependente da variabilidade das chuvas, que por sua vez, depende das florestas e dos oceanos. As crises energéticas no Brasil têm características de curto prazo e vêm colocando a oferta de energia como prioridade estratégica negligenciando as preocupações ambientais. Parece, cada vez mais certo, que ações resolutas para a diminuição das emissões de GEE somente acontecerão após a ocorrência de catástrofes climáticas, simultâneas e sistemáticas.

Por Francis Lacerda

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NOTA TÉCNICA – Atualizações das alterações climáticas atuais e futuras: O caso de Pernambuco

Nos últimos anos vários trabalhos foram publicados com o propósito de avaliar os cenários resultantes do aumento global da temperatura e seus impactos nos oceanos, na atmosfera, na biosfera, nos seres vivos e nas sociedades humanas. O mês de junho de 2024 foi o mais quente para o período na história da humanidade, de acordo com dados divulgados pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus – sistema de observação da Terra da União Europeia, em 08/07/2024.

De acordo com relatório publicado pelo organismo, junho passado registrou uma temperatura média de 16,66ºC, 0,14ºC acima do recorde anterior, de 2023, e 0,67ºC maior que a média do período entre 1991 e 2020. O relatório divulgou que se trata do 13º mês consecutivo de recorde mensal de calor, reforçando as projeções que 2024 deve superar 2023 como ano mais quente na história. Em 2013 o quinto relatório do IPCC concluiu com confiança acima de 90% que o aquecimento global dos últimos é consequência do aumento da concentração de gases de efeito estufa de origem antrópica na atmosfera. E que o Nordeste é vulnerável às mudanças climáticas com processos de desertificação, eventos extremos (secas e chuvas intensas). Pernambuco é hotspot do clima.
A temperatura média global foi 1,64ºC acima da era pré-industrial, nos últimos doze meses, superando a marca de 1,5ºC – meta do Acordo de Paris para o fim deste século. Se essa tendência se mantiver, a humanidade deve conviver nas próximas décadas com aumento constante do nível do mar, ondas de calor mais frequentes e um crescente número de fenômenos extremos, incluindo furacões, secas, ondas de calor, enchentes etc…

Oceanos

As temperaturas da superfície do mar (TSM) também atingiram recordes máximos de anomalias positivas de temperaturas (valores acima do padrão normal) no Atlântico, Pacífico Norte e Índico gerando aumento das temperaturas e ondas em todo o planeta.
Em junho/2024, as TSM atingiram, por 15 meses consecutivos, valores significativos. Os oceanos cobrem 70% da superfície da Terra e absorvem 90% do calor adicional associado ao aumento das emissões de gases do efeito estufa.
Atualmente, estamos entrando num período de resfriamento do Oceano Pacífico, a ‘La Niña’, que tem um efeito de diminuir a temperatura global nos próximos meses.
O observatório Copernicus divulgou que há 80% de probabilidade de que as temperaturas médias anuais da Terra superem, o limite de 1,5ºC nos próximos cinco anos. Os recordes tem graves consequências para a vida no planeta, como um todo, e que estão expostos a eventos extremos cada vez mais frequentes e intensos.

Possíveis Impactos

No caso de Pernambuco, modelos indicam um aumento mínimo de 2ºC e máximo de até 8ºC no NEB (MCTI, 2016). As tendências nas séries históricas das temperaturas diárias máximas e mínimas evidenciaram um aumento de até 5ºC nos últimos cinquenta anos, no Semiárido. No caso da chuva, os estudos recentes sinalizam para duas situações: aumento da frequência de fenômenos extremos (chuvas mais fortes e veranicos prolongados), e redução da precipitação anual (com forte variabilidade) em regiões do Sertão de Pernambuco, com taxas de redução que atingem a casa dos 10 mm/ano. Essas análises remetem a projeções que poderão comprometer a segurança alimentar e hídrica em Pernambuco. Em síntese, os estudos revelaram diminuição das chuvas e aumento no número de extremos climáticos; áreas do semiárido se tornando mais áridas; temperaturas máximas e mínimas em elevação; diminuição na disponibilidade de água no solo e nas bacias hidrográficas e aumento da evapotranspiração. Essas alterações no clima associadas àquelas de natureza antrópica (e.g. desnudamento vegetal) estão causando perdas da biodiversidade e graves impeactos nos ecossistemas. O resultado dos estudos dos impactos da mudança do clima aponta para a necessidade de uma mudança de um novo paradigma socioeconômico em termos de desenvolvimento sustentável e harmônico. A vulnerabilidade social combinada aos efeitos negativos das mudanças climáticas sobre a oferta de alimentos deve agravar a insegurança alimentar. Portanto, as ações de segurança alimentar e nutricional para enfrentar as mudanças climáticas devem focar especialmente nas pessoas e setores sociais mais vulneráveis e em condições socioambientais precárias, que são os que mais sofrem com seus efeitos.

Por Francis Lacerda

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Conselho Administrativo do IPA se reúne com diretoria do instituto

Aconteceu nesta quarta-feira, 10 de julho, a reunião do Conselho do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), na sala do conselho da sede do IPA. O encontro reuniu conselheiros e diretores do instituto para discutir medidas e apresentar as ações em andamento nas diversas áreas do IPA. A presidente do IPA, Ellen Viégas, conduziu a reunião junto ao presidente do Conselho, Pedro Neves, Diretor-Geral de Fomento, Inovação e Arranjos Produtivos da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (ADEPE).

Durante a reunião, os diretores do IPA fizeram apresentações detalhadas sobre as atividades e iniciativas em suas respectivas áreas. Foram abordadas questões financeiras, projetos de pesquisa, atividades de extensão rural e infraestrutura hídrica. A sessão foi uma oportunidade para os conselheiros se atualizarem sobre o progresso e os desafios enfrentados pelo instituto.

A reunião contou com a presença do diretor de pesquisa Henrique Castelletti, da diretora de Extensão Rural, Alcineide Nascimento, da diretora de infraestrutura hídrica Auridan Marinho, do diretor de administração e finanças Carlos Ramalho, e do assessor da governadora Raquel Lyra, Bruno França, além da representante dos servidores do IPA, Silvana Lemos.

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IPA avalia produção de Feijão em Calçado e São João

Nesta segunda (09), o técnico do IPA, Silvio, em conjunto com Adgeane, técnica da Secretaria de Agricultura do município de Calçado, realizaram uma avaliação detalhada da produção de feijão no município. Durante a visita, eles estiveram na propriedade de Lúcia Pereira, localizada no sítio Mine, onde analisaram a situação da plantação de feijão e discutiram as práticas agrícolas utilizadas.

Calçado, juntamente com o município vizinho de São João, foi beneficiado com a distribuição de 14 toneladas de sementes de feijão pelo programa de apoio do governo estadual. Este benefício é crucial, pois Calçado e São João são responsáveis por cerca de 60% da produção de feijão do estado de Pernambuco. O suporte técnico oferecido pelo IPA, aliado à distribuição de sementes, tem sido fundamental para garantir uma boa safra e otimizar a produtividade dos agricultores locais.

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IPA inaugura estande exclusivo na 24ª Fenearte

Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) marca presença na 24ª Fenearte e, pela primeira vez, com estande exclusivo na feira. Os visitantes podem, inclusive, acessar um QR Code e ter acesso a uma série de informações sobre serviços prestados pelo Instituto, como pesquisas e assistência técnica, além de ações de infraestrutura hídrica por todo o estado. Também poderão conhecer o trabalho dos agricultores e agricultoras de café, da Associação dos Cafeicultores de Triunfo, no sertão pernambucano.

Os estandes do IPA são os de número 436 e 437. Eles estão localizados na Rua 18, vizinhos ao estande de Suape.

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Mutirão do CAF no Quilombo Castainho

Também na quarta-feira, a presidente do IPA, Ellen Viégas, participou do Mutirão do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) na comunidade quilombola do Castainho, em Garanhuns, uma das mais tradicionais e resilientes de Pernambuco. 

Ellen Viégas levou toda a diretoria para o evento.  Alcineide Oliveira, da Extensão Rural, Auridan Coutinho, Infraestrutura Hídrica, Henrique Casteletti, Pesquisa e Desenvolvimento e Carlos Ramalho, Administração e Finanças. Também marcaram presença o assessor especial do governo de Pernambuco, Bruno França, o gerente da regional do IPA, Emanuel Marçal, o coordenador do PAA no estado, Isaque Nascimento, além de vários técnicos e extensionistas. 

O certificado, que é um documento essencial para que os agricultores possam  participar de editais e dos programas do governo, foi entregue a 50 pessoas. Uma delas foi Cintia Mendes Barbosa, produtora de mandioca, macaxeira e feijão. “Esse papel mostra que eu sou de fato uma agricultura. Vai fazer uma grande diferença”, disse ela.

O presidente da Associação Quilombola do Castainho, José Carlos, destacou o momento de crescimento da comunidade, a importância do trabalho que a governadora Raquel Lyra está desenvolvendo em Pernambuco e a importância do apoio do IPA. “Uma das coisas que estamos falando muito nas comunidades é o crescimento e o desenvolvimento da produção da agricultura. Sabemos que quando temos um bom inverno é tempo de fartura para nós”. 

O agricultor Juscelino Mendes, também integrante da diretoria da Associação, disse que o CAF significa melhoria da qualidade de vida para a comunidade e oportunidade para evitar o êxodo rural, quando cria oportunidades no campo, sobretudo para os jovens.  

E se depender de boas notícias, os moradores do Castainho podem mesmo ficar otimistas. A comunidade também deverá ser contemplada, pelo IPA, com o Kit Irrigação, um sistema que viabiliza, com eficiência, a implantação de hortas comunitárias.  

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PAA Quilombola é implantado em Pernambuco

O Programa de Aquisição de Alimentos para Quilombolas (PAA), do Governo Federal,  já está implantado em Pernambuco. A presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Ellen Viégas, fez o lançamento oficial nesta quarta-feira (26), na comunidade  Sítio Angicos, em Bom Conselho, no agreste do estado, em meio a comemorações e apresentações culturais.   

O investimento total é de R$1,5 milhão e vai garantir que produtos de qualidade cheguem à mesa de 5.365 pessoas nos municípios de Águas Belas ,Bom Conselho,Lagoa dos Gatos,Lagoa Grande, Mirandiba, Passira ,Rio Formoso, Santa Maria da Boa Vista e Sertânia. 

 Serão contempladas, de acordo com Ellen Viégas, 22 entidades socioassistenciais e escolas cadastradas em territórios quilombolas pelos extensionistas do IPA. 

A presidente explicou a relevância dessa iniciativa. “É uma entrega muito importante para o Governo de Pernambuco, com produtos de excelência e que garantem a segurança alimentar para muita gente”, ressaltando, ainda, que  os alimentos serão adquiridos de 187 agricultores familiares quilombolas.

A representante do Movimento Quilombola em Pernambuco, Márcia do Angico, destacou  a importância de o número maior de contemplados ser formado por mulheres. Já o presidente do  Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-PE), Gilmar Câmara, apontou a necessidade de enfrentar, com programas como esse, uma adversária voraz, que é a fome. 

O presidente das comunidades quilombolas de Bom Conselho, Erivaldo Soares, disse que é um momento especial uma vez que o PAA é específico para esse público. O representante da Fetape, Tavares Leite, disse que é preciso construir juntos o Brasil que o povo tanto precisa.  

A agricultora familiar Margarida Soares da Cruz é uma das contempladas. Ela disse que já participou de outras edições do PAA, mas avalia que esse é especial. “Acho que vai ser muito bom pra gente e para as comunidades vizinhas. A expectativa é muito boa”.

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Sertão Vivo injeta R$ 300 milhões no Semiárido e beneficia 75 mil famílias

O São João chega com boas novas para o meio ambiente e para 75 mil famílias de pequenos produtores distribuídos em 55 municípios de Pernambuco. A governadora do Estado, Raquel Lyra, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, lançaram nesta quinta-feira (20) o projeto Sertão Vivo. A execução será de responsabilidade do Instituto Agronômico de Pernambuco.

O investimento é de R$300 milhões em ações para reduzir o impacto da mudança climática na região do Semiárido e garantir a segurança alimentar e nutricional de homens e mulheres do campo. O prazo de execução é de 60 meses.

O Sertão Vivo – que foi apresentado pela presidente do IPA, Ellen Viégas na solenidade – é uma parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), da Organização das Nações Unidas (ONU). Pernambuco foi selecionado no edital do Banco, em 2023.

Estão previstas, segundo Viégas, ações que contemplem a adoção de tecnologias de captação, armazenamento e reuso da água. A diversificação da produção agrícola – com aumento da produtividade e restauração de biomas – o aumento da capacidade de resistir aos eventos de seca e redução da emissão de gases de efeito estufa integram o elenco de iniciativas que também estão no escopo do projeto.

Serão priorizados municípios com maior incidência de pobreza rural, vulnerabilidade climática e exposição histórica à seca.

O grupo de beneficiários finais do projeto será constituído, entre outros, por agricultores assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais, tais como quilombolas, ribeirinhos e povos indígenas.

Pessoas como Josefa Quiteria dos Santos, agricultora de Capoeira, no Agreste do Estado. Ela ficou feliz da vida com essa nova janela de oportunidades e apoio. “Esse projeto só nos fortalece. O agricultor é muito sofrido, mas nós somos pessoas fortes e determinadas. Só precisamos de um olhar diferente para a gente entender que a gente pode fazer propriedades sustentáveis com o que temos nas mãos”.

Além de Josefa, que falou em nome dos beneficiados, participaram do evento outros 50 agricultores e agricultoras e representantes de conselhos de vários municípios que serão contemplados pelo Sertão Vivo.

INDICADORES
Dos 184 municípios pernambucanos, a maioria (137) encontra- se no Semiárido. Isso equivale a 75% do território estadual. Quanto à geologia da região, 80% compõem o embasamento cristalino, geralmente formando solos rasos e água de subterrâneo salinizada (imprópria para o consumo humano e animal, e para a irrigação).

A população rural do Semiárido de Pernambuco possui um modo de vida baseado na agricultura de subsistência e na pecuária extensiva.

O Projeto Sertão Vivo chega, portanto, como importante instrumento para minimizar os efeitos dessas adversas condições da região.

Fotos: Cláudio Carvalho

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