Pesquisadores e extensionistas do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) participaram nesse sábado (30), do 1º ENPECOM – Encontro Pernambucano de Prevenção e Combate à Mosca-dos-estábulos, em Barra de Guabiraba, na Mata Sul. O evento foi promovido pela UNA Ambiental em parceria com outros órgãos, entre eles, IPA, a Prefeitura de Barra de Guabiraba e de outros municípios vizinhos.

Pecuaristas e produtores rurais estão preocupados com a intensidade das moscas, devido a perda de peso e qualidade de vida dos animais. “Temos que ter uma viabilidade o mais rápido possível no combate dessas moscas. Estamos sofrendo demais com essa praga”, destacou João Tavares representante da UNA Ambiental.

A pesquisadora do IPA, Liane Maranhão, ressaltou as ações de pesquisas e manejo integrado à mosca-dos-estábulos que serão realizadas pelo Instituto Agronômico de Pernambuco. A entomologista destacou que serão feitas algumas coletas com o objetivo de pesquisar a proliferação da praga.

Várias palestras destacando a mosca-dos-estábulos foram realizadas durante o evento. Os pesquisadores da Embrapa (Gado de Corte), do Mato Grosso do Sul, Paulo Cançado e Thadeu Barros, especialistas na prevenção da praga participaram do encontro através de videoconferência. Os dois pesquisadores colocaram-se à disposição para auxiliar na prevenção da mosca, na Mata Sul. Atualmente não existem produtos para combater a praga. “Não existem produtos que sejam suficientes para combater à mosca-dos-estábulos, muitos menos fitoterápicos e fotoquímicos, ressaltou Thadeu Barros.

Outro assunto debatido no encontro, o procedimento pela Adagro para fiscalização do transporte da cama de galinha, adubo orgânico que está sendo questionado como provocador da mosca-dos-estábulos em vários municípios da Mata Sul e Agreste de Pernambuco. A situação é preocupante, pois, a utilização desse produto traz enormes prejuízos aos produtores rurais e à produção de bovinos. A utilização destes subprodutos na alimentação do rebanho pode levar o produtor a responder criminalmente, pois, é infração às leis federais, além de colocar em risco a sanidade do rebanho nacional e a saúde pública.

Como não pode ser utilizada na alimentação do rebanho, a cama de frango é considerada como opção de fertilizante para as lavouras, pastagens e hortaliças. O que gera outra preocupação é a forma irregular de uso como adubo orgânico na plantação de inhame, como em municípios como Cortês, Barra de Guabiraba, Amaraji, Bonito, e outros. A extensionista Rural do IPA Joana D’arc marcou presença no encontro para acompanhar a discussão sobre a praga, que se intensifica há 20 anos, no período de setembro a março.

Fonte: Núcleo de Comunicação