O IPA, ao longo dos anos, vem contribuindo significativamente com conhecimento, tecnologia e informação para o desenvolvimento da agricultura e pecuária do estado de Pernambuco. Sua história, tradição, renome e credibilidade regional e nacional o credenciam como entidade de desenvolvimento rural de grande importância para o desenvolvimento da agropecuária. A infraestrutura de pesquisa compreende hoje uma rede de 12 estações experimentais (E.E.) e dois centros de produção, armazenamento e comercialização de sementes e 16 laboratórios.
Ao completar 87 (oitenta e seis, em 2022) anos de fundação, 68 deles como entidade exclusivamente de pesquisa e desenvolvimento, o IPA tem uma larga folha de serviços prestados à agropecuária pernambucana, entre os quais podem ser mencionados os seguintes:
- as pesquisas sobre manejo, alimentação, sanidade, forrageiras, reprodução e, sobretudo, melhoramento genético do gado holandês realizadas na Estação Experimental de São Bento do Una ensejaram a criação das bacias leiteiras de Pernambuco e de Alagoas, que continuam sendo apoiadas pelo IPA por meio de novos resultados de pesquisa, disponibilização de matrizes e reprodutores de alta linhagem, novos materiais forrageiros, sobretudo de palma forrageira e algumas gramíneas a exemplo do capim elefante que ensejam a inovação dos sistemas de produção;
- desenvolvimento de tecnologia pioneira de produção de sementes de cebola nos trópicos, o que possibilitou a criação de um polo de produção dessas sementes para atender às condições de clima e solo do Nordeste, sobretudo das áreas irrigadas do Rio São Francisco;
- introdução (capim Buffel) e melhoramento de forrageiras, especialmente da palma forrageira e de diversas gramíneas, que se constituem no principal suporte alimentar dos rebanhos da região;
- melhoramento genético de feijão, milho, mandioca, cebola, tomate, entre outras espécies, de que resultou o lançamento de diversas cultivares, 53 (cinquenta e três) delas com registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que são plantadas em Pernambuco e em outros estados; e
- avaliação de métodos de controle biológico, como o da cigarrinha da cana-de-açúcar, cujo controlador também foi desenvolvido pelo IPA e que substituiu a aplicação de inseticida por avião, processo que, embora controlasse a praga, contaminava o meio ambiente, atingindo a fauna, os cursos d´água e, sobretudo, o homem;
- a biofábrica de plantas – com a produção de mudas in vitro, de qualidade superior, de culturas como as de banana, abacaxi, morango, palma forrageira, cana-de-açúcar; entre outras;
- atendimento ao agricultor com assistência técnica nas áreas de fruticultura, hortaliças, mandioca, produção e utilização de plantas forrageiras e pastagens (palma forrageira, capim elefante, sorgos e milho, formação de pastagens cultivadas e manejo de pastagens nativas e cultivadas), produção e reprodução animal (produção de sêmen e embriões);
- uma rede de laboratórios que presta os mais diferentes serviços à sociedade, desde a análise de solos e de sementes, qualidade de água para irrigação, análise de plantas forrageiras e rações para alimentação animal, de identificação botânica, de identificação de doenças e pragas de plantas; de produção de controladores biológicos evitando o uso de defensivos químicos no ambiente, dentre outros serviços;