Validação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático para a cultura do milho será realizado durante encontro virtual nesta sexta-feira (09)
A Validação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), para a cultura do milho em Pernambuco, será realizada durante Encontro virtual, nesta sexta-feira (10), às 8h30. Para participar, basta acessar o link da transmissão: conferenciaweb.rnp.br/webconf/zarc.
Com participação de corpo técnico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Embrapa, o evento é destinado a produtores rurais, consultores técnicos, gestores públicos, representantes de entidades de pesquisa e ensino, de bancos, de cooperativas e do setor privado.
A reunião contará com a participação do presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Reginaldo Alves, que fará a abertura ao lado do chefe-geral da Embrapa Solos (Rio de Janeiro, RJ), Petula Ponciano. Já a apresentação da metodologia do ZARC para a cultura do milho em Pernambuco será feita pelo pesquisador Fernando Macena, da Embrapa Cerrados (Planaltina-DF).
“As informações validadas servirão de base para relatórios que serão elaborados pelos pesquisadores da área de agroclimatologia da Embrapa e encaminhados ao Comitê Gestor do Zoneamento Agrícola de Risco Climático da Embrapa”, destaca o presidente do IPA, Reginaldo Alves.
“As reuniões de validação servem para atualizar as datas de semeadura com menor risco climático para a cultura do milho, além de orientar os produtores para a escolha dos melhores tipos de solo quanto à capacidade de armazenamento de água e das variedades mais resilientes e adaptadas para cada região, contribuindo para a racionalização do crédito agrícola”, explica Macena.
Milho em Pernambuco
“A cultura do milho é importante para Pernambuco, assim como para todos os estados do Semiárido Brasileiro e demais estados do Brasil”, diz o pesquisador da Embrapa Solos UEP/Recife (uma das organizadoras do evento), Alexandre Hugo Cezar Barros. “Aqui, junto com o feijão constitui alimento básico de importância social e econômica, principalmente no âmbito da agricultura familiar. No caso do milho verde junto com o feijão verde, constituem as duas principais hortaliças em volume de comercialização. Vale lembrar que milho verde e feijão verde são considerados hortaliças”, conclui Alexandre.
Em Pernambuco já é possível detectar regiões de aptidão plena para essa cultura. Segundo José Nildo Tabosa, pesquisador do IPA, as principais áreas produtoras no estado são áreas de manchas de solos profundos (de elevada retenção de água e também baixios irrigados e o milho irrigado em sistema de sucessão com outras culturas nos perímetros do vale do São Francisco) espalhados nas mesorregiões do agreste (Passira, Limoeiro e Chã Grande) e do Sertão (Belmonte, Mirandiba, Inajá e Cedro), que dispõe de água subterrânea em abundância. “Por exemplo: no município do Cedro, dados apontam para colheita de milho grão da ordem de 80 sacos de 60 quilos por hectare sem uso de calcário, fertilizante e nenhum outro insumo”, afirma Tabosa
A importância do ZARC para a cultura do milho é determinar a época de plantio, definição de territórios de elevada aptidão para cultura e ciclo da cultivar, tudo isso aliado principalmente à aptidão do solo e do clima.
A seca pode impactar negativamente o plantio do milho no estado, para isso existe o estudo contínuo do zoneamento, eliminando ou acrescentando territórios. Além do ZARC, é necessário aperfeiçoar e dinamizar o Zoneamento Agroecológico de Pernambuco (ZAPE), realizado pela Embrapa Solos UEP Recife que é mais detalhado para um número de culturas importantes para Pernambuco, onde o milho e o feijão estão incluídos.
Metodologia
Desenvolvido pela Embrapa e parceiros, o Zarc é um método aplicado no Brasil por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que proporciona a indicação de datas ou períodos de plantio/semeadura por cultura e por município, considerando as características do clima, o tipo de solo e ciclo de cultivares, de forma a evitar que adversidades climáticas coincidam com as fases mais sensíveis das culturas, minimizando as perdas agrícolas.
Esse instrumento possibilita aos bancos públicos e os programas federais de seguro agrícola a oferta de linhas de financiamento e contratos de seguro para o plantio pelos produtores.
Acesso a programas governamentais
Para ter acesso ao Proagro, ao Proagro Mais e à subvenção federal ao prêmio do seguro rural, o produtor deve observar as recomendações desse pacote tecnológico. Além disso, alguns agentes financeiros já estão condicionando a concessão do crédito rural ao uso do zoneamento.
No Brasil, mais de 40 culturas já foram contempladas com o Zarc. A ferramenta é utilizada em apoio à tomada de decisão para o planejamento e a execução de atividades agrícolas, para políticas públicas e para a seguridade agrícola, as principais culturas agrícolas brasileiras já estão contempladas no zoneamento.
Serviço:
VALIDAÇÃO DO ZONEAMENTO AGRÍCOLA DE RISCO CLIMÁTICO (ZARC) PARA CULTURA DO MILHO NO ESTADO DE PERNAMBUCO
Realização: Embrapa Solos UEP Recife, Embrapa Semiárido, Embrapa Informática Agropecuária, Embrapa Cerrados, Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
Data: 10 de julho de 2020
Horário: 8h30 – 12h
Objetivo: Discutir e validar o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) da cultura do milho para o estado de Pernambuco
PROGRAMAÇÃO
Local: videoconferência, na Sala de Reunião Virtual – ZARC
(conferenciaweb.rnp.br/webconf/zarc)
8h30 – 8h45: Abertura
Petula Ponciano Nascimento (Chefe-Geral da Embrapa Solos)
Reginaldo Alves de Souza (Presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA)
8h45 – 9h15: Apresentação da metodologia do ZARC para a cultura do milho em Pernambuco – Fernando Macena (Embrapa Cerrados)
9h15 -11h – Apresentação e discussão dos resultados – Aryeverton Fortes de Oliveira (Embrapa Informática Agropecuária)
11h – Encaminhamentos
Fonte: Núcleo de Comunicação