A oficina colaborativa do Programa de Reflorestamento da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco está sendo realizada na manhã desta quinta-feira (13), no auditório do Instituto Agronômico de Pernambuco, parceiro da Semas. Extensionistas do IPA de vários municípios participam do evento.

O diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural do IPA, Reginaldo Alves, abriu o evento destacando a importância do reflorestamento ambiental para melhor qualidade de vida. Durante o encontro representantes de várias entidades sociais ligadas ao meio ambiente explanaram suas experiências.

O centro Sabiá destacou a experiência de 100 famílias dos Sertões do Pajeú e Araripe, que vêm utilizando águas cinzas filtradas para irrigação suplementar de agroflorestas, iniciada em 2018, que tem trazido resultados importantes, como mais uma possibilidade que se soma a tantas outras para a convivência no Semiárido.

Essa iniciativa conduzida numa parceria entre Centro Sabiá e Caatinga gerou um estudo realizado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e NEPPAS (Núcleo de Estudos, Pesquisas e Práticas Agroecológicas no Semiárido), com resultados promissores para as famílias envolvidas na ação.

A agrofloresta foi uma opção, pois além da larga experiência com esse sistema de produção, estudo anterior indicou que a resiliência das famílias agricultoras do Semiárido, nos momentos de escassez de chuvas, aumenta consideravelmente quando optam pelas práticas agroecológicas em seus agroecossistemas. Esse estudo, realizado em 2016 no Sertão do Pajeú e no Agreste, aponta, por exemplo, uma diferença de 35% (média) a mais na produção de alimentos pelas famílias agroecológicas em comparação com as práticas convencionais.

Além disso, chega à conclusão de que “as famílias agroecológicas são mais adaptadas e mais capazes de viver em um ambiente onde são frequentes os períodos longos de seca. Um conjunto de fatores relacionados aos aspectos ambientais e sociais, como diversidade, conectividade, oportunidades de aprendizagem e participação, promove uma resiliência sistêmica global. Em geral, as famílias que adotam métodos agroecológicos têm a percepção de que são mais capazes de lidar com distúrbios climáticos”.

Fonte: Núcleo de Comunicação