Se você já executa bem um trabalho, mas tem a oportunidade de evoluir e conhecer pessoas que, assim como você, também começaram pequenos, mas que hoje já são referências no mercado, você perderia esta oportunidade?! Não, pois buscar inspiração para continuar acreditando sempre deu certo! Não à toa, ontem (30), cerca de 30 agricultores e artesãos de Cachoeirinha, Agreste do Estado, que trabalham com aço e couro de bode foram à cidade de Cabaceiras, no cariri paraibano, conhecer o trabalho da cooperativa Arteza, que tem de 20 anos de atuação no setor, sendo referência no mercado pela organização, geração de renda e empregos, produtos e afins.

Todo o intercâmbio foi capitaneado pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), uma vez que os agricultores em questão recebem assistência técnica e rural do órgão – que é vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA). A Universidade Federal de Campina Grande esteve junta no processo. A ação faz parte do projeto Dom Helder e o objetivo foi mostrar o sucesso da iniciativa lá, para inspirar as iniciativas aqui. Lá, os pernambucanos puderam conhecer a história da cooperativa, desde a fundação até os dias atuais, além de fazer uma visita técnica ao curtume – local onde é tratada a pele dos animais para chegar até os artesãos –, a fábrica onde são confeccionadas as peças e, por fim, à loja da cooperativa localizada no centro do distrito.

O intercâmbio foi um sucesso e os pernambucanos ficaram bem estimulados com o que encontraram lá. Para o agricultor e artesão João Batista da Silva, que exerce a função há 20 anos, iniciativas como esta do IPA só acrescentam. “Hoje temos mais produção, mais cursos de capacitação neste sentido, mais visitas como esta”, disse, sendo corroborado pela agricultora e artesã Suellen Rosa da Silva para quem, após a chegada da assistência técnica do IPA, tudo melhorou. Eles trabalham com aço e couro de bode, fazendo argola e rédeas.

Hoje a Arteza – que fica no distrito de Ribeira de Cabaceiras – e foi fundada em 1998 surgiu da ideia de gerar uma nova fonte de renda, uma vez que no ciclo de mudanças – a cidade era grande produtora de alho, mas devido a questões externas o alho saiu de cena e muitas famílias se viram sem renda, em desespero. Hoje, a Associação tem um faturamento mensal na ordem de R$ 600 mil, a mesma da prefeitura do município, num trabalho que conta com vários parceiros e cooperados, gerando cerca de 300 empregos diretos. A cooperativa mudou a realidade da região, fomentando a economia, que passou a girar, trazendo boas consequências no comércio, na vida dos moradores, mas também na saúde e na educação da região.

Fonte: Núcleo de Comunicação