Ontem, dia 3, foi celebrado o Dia da Agroecologia. E o que é isto, você deve estar se perguntando. A gente foi atrás da informação e, em bate papo com o extensionista Pedro Balensifer, da Regional de Garanhuns, ele nos explicou o conceito da temática dentro do trabalho de extensão rural, que é um dos pilares do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). E apresentou, entre outros, o que o GEMA – grupo de agroecologia do IPA – desenvolve de ações no Agreste.

De acordo com Rocha, dentro da Extensão Rural, o conceito de agroecologia se apresenta numa forma de trabalho diferente da extensão tradicional, quando o técnico é o protagonista da situação. “É uma troca de saberes entre o técnico e o agricultor, um trabalho de via de mão dupla, integrado, gerando uma extensão diferente”, diz ele, ao completar que “partimos muito pela valorização dos agricultores. Eles fazem o desenvolvimento do processo e nós, extensionistas, somos orientadores e facilitadores. A gente estimula, faz troca informações, fazendo uma ATER dentro do que acreditamos ser agroecológico”.

Em Garanhuns, o GEMA desenvolve trabalho focado nas sementes crioulas, iniciado em 2012, mas que segue em processo de aperfeiçoamento contínuo. “Fortalecemos a criação de bancos e casas de sementes crioulas, além de Assistência Técnica à Rede SEMEAM – que é a rede de sementes crioulas da região do Agreste Meridional”, diz.

A Rede é composta por diversas entidades e organizações: universidades, sindicatos, cooperativas, ONGs, bancos de sementes. São 21 organizações. “Debatemos sempre a importância de os agricultores não perderem as sementes locais, tradicionais, crioulas, que são diferentes das comerciais – são antigas, de gerações, que são guardadas ano a ano. Focamos na valorização neste sentido”, diz Pedro. Anualmente, são realizados feiras de troca de sementes, seminários, entre outras atividades, promovendo integração entre vários tipos e agricultores da região.

No Estado, destaca Pedro, há trabalhos desenvolvidos com foco em cada município, região e afins, como, por exemplo, juventude rural, protagonismo das mulheres rurais, comercialização da produção orgânica e agroecológica.

Fonte: Núcleo de Comunicação do IPA