A diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento junto com a diretoria de Extensão Rural do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) realizou na manhã desta sexta-feira (19), uma palestra sobre o controle da Sigatoka Negra, na sede do órgão, para pesquisadores e extensionistas de vários municípios do estado. A diretora de Pesquisa Danusa Correia deu início à palestra destacando a importância do encontro para um debate sobre os métodos de controle da sigatoka-negra da bananeira.
O encontro contou com a palestra da pesquisadora Tereza Cristina de Assis do Laboratório de Fitopatologia, do pesquisador Gonzaga Bione e do extensionista Djair Alves, todos do IPA. O presidente Bartolomeu Monteiro acompanhou a palestra e discutiu com pesquisadores e extensionistas, o controle do fungo.
A sigatoka-negra propaga-se por meio de dois tipos de esporos, conhecidos como conídios e ascósporos. Os conídios ou esporos assexuais se formam nos ápice dos conidióforos e ocorrem a partir dos primeiros estádios da lesão na folha. Os ascósporos ou esporos sexuais se formam posteriormente em manchas mais evoluídas de coloração branco-acinzentado principalmente nas folhas mortas.
Esta é considerada a fase mais importante na reprodução da doença, devido à alta produção e disseminação desses esporos pelo vento a grandes distâncias. A duração do ciclo de vida do fungo é influenciada principalmente pelas condições climáticas, tipo de hospedeiro e manejo da cultura. Os esporos germinam, se houver água livre sobre a folha, em menos de duas horas e os primeiros sintomas podem aparecer após 17 dias.
A disseminação do fungo é influenciada por fatores ambientais tais como: umidade, luminosidade, temperatura e vento, sendo que o vento e a umidade na forma de chuva são os principais responsáveis pela liberação dos esporos e disseminação da doença.